Connect with us

GERAL

Médicos conseguem reimplantar mão totalmente decepada de jovem

Publicado

em

Depois de ter a mão decepada com um cutelo por assaltantes, um rapaz de 20 anos na Síria foi levado rapidamente à emergência de um hospital e, após 10 horas de cirurgia, os médicos conseguiram reimplantar o membro.

O caso foi relatado na revista científica International Journal of Surgery Case Reports em 11 de agosto. Os médicos do hospital Al-Razi contam que o paciente foi levado ao pronto-socorro uma hora depois de ter a mão esquerda cortada. Ela estava envolvida em um pano.

Médicos conseguem reimplantar mão totalmente decepada de jovem

Médicos conseguem reimplantar mão totalmente decepada de jovem

A princípio, os médicos estancaram o sangramento e colocaram o membro decepado em um recipiente com soro fisiológico. “O paciente sentia dores intensas, mas estava em alerta e com noção de lugar e hora”, destaca a publicação.

A cirurgia de reimplante foi realizada com anestesia geral e durou 10 horas. “É um procedimento complexo, que exige equipe médica multidisciplinar e equipamentos adequados para a microcirurgia”, aponta a equipe. Eles explicaram ainda que a operação só foi possível pela rapidez com que o rapaz procurou ajuda médica.

Publicidade

O objetivo da cirurgia era reintegrar o jovem à sociedade com as habilidades da mão plenamente restauradas, “o que foi quase bem-sucedido”. O paciente recebeu alta hospitalar sete dias após a operação e foi acompanhado regularmente por dois anos e sete meses.

Mão completamente recuperada?

Para o tratamento de recuperação, o paciente precisou tomar remédios, trocar diariamente de curativos e, depois de certo tempo, iniciar a fisioterapia. Os médicos monitoram periodicamente a capacidade vascular, a união óssea e a recuperação nervosa.

Em uma escala de zero a cinco, a capacidade extensão dos dedos do jovem ao final do tratamento atingiu a nota quatro, assim como a extensão do punho. A capacidade de flexão dos dedos e do punho atingiu nota máxima na mesma escala. “Porém, observamos atrofia nos pequenos músculos da mão: os tenares, hipotenares, interósseos e lumbricais”, destaca o documento.

“Procedimentos pré-operatórios, intraoperatórios e pós-operatórios precisos, além do acompanhamento em longo prazo, são cruciais para garantir o sucesso e a eficácia da cirurgia e a recuperação do paciente”, aponta o relatório.

Publicidade

Início das cirurgias de reimplantação de membros

As primeiras tentativas de reimplante de membros remontam à Antiguidade, mas os resultados eram geralmente insatisfatórios. Em 1797, o cirurgião francês Jean-Dominique Larrey realizou o primeiro reimplante bem-sucedido de um dedo, em um soldado que havia perdido o dedo indicador em combate. No entanto, os avanços na tecnologia cirúrgica e no conhecimento médico foram necessários para tornar as cirurgias de reimplante mais bem-sucedidas.

Em 1959, o cirurgião americano John F. Burke inventou a microcirurgia, que permitiu que os médicos suturassem vasos sanguíneos muito pequenos. Isso abriu caminho para o reimplante de membros mais complexos, como braços e pernas.

O primeiro reimplante bem-sucedido de um braço foi realizado em 1962, pelo cirurgião americano Ronald Malt. Em 1963, o cirurgião chinês Ch’en Chang-chiang realizou o primeiro reimplante bem-sucedido de uma perna.

Desde então, as cirurgias de reimplante de membros tornaram-se mais comuns e eficazes. Hoje, as taxas de sucesso de reimplante de membros são de cerca de 80%. No entanto, essas cirurgias ainda são complexas e requerem um grande nível de habilidade e experiência por parte dos cirurgiões.

Publicidade

No Brasil, o primeiro reimplante de membro foi realizado em 1968, pelo cirurgião Jorge Fonseca Ely. Ely reimplantou o dedo polegar de uma mulher que havia perdido o dedo em um acidente.

Fonte: 180 Graus/As informações são do Metrópoles.

Publicidade

Facebook

MAIS ACESSADAS