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Sejus-PI investe em ressocialização de detentos em conflito com a Lei Maria da Pena

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A Secretaria de Justiça do Piauí (SEJUS-PI) segue investindo na ressocialização dos apenados de todo o Estado. Na Penitenciária José de Arimatéia Barbosa Leite, em Campo Maior, a ação é voltada para o combate à violência contra as mulheres.

Os detentos que cumprem pena por crimes praticados na Lei Maria da Penha, estão passando por capacitação.  

Na unidade prisional são 332 presos. O número corresponde ao dobro da capacidade total.

Na metodologia de ressocialização dos apenados, a cada 15 dias acontecem rodas de conversa conduzidas por psicólogos e assistentes sociais. São utilizados vídeos, livros entre outros recursos como material pedagógico e também é trabalhado sobre a legislação de proteção da mulher.

Imagem por Ascom

O secretário Carlos Augusto (foto em destaque) destacou que essas medidas são essenciais e que sempre estiveram no plano de trabalho no Piauí em prol de buscar a ressocialização de internos.

Dados da Sejus revelam que no início deste ano a unidade possuía 42 detentos respondendo por crimes na Lei Maria da Penha. Atualmente o número é bem menor e chega a 22.

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Uma das psicólogas, Mirlena Belchior, destacou que as rodas de conversa ou intervenções, acabam despertando uma reflexão em relação à atitude cometida por eles. Na abordagem também é debatido sobre a questão de violência de gênero. “Trabalhar com eles esses pensamentos e atitudes para ressocializa-los, devolvê-los, colocar de volta na sociedade”, destacou.

Um dos detentos que não teve identidade divulgada, acusado de agressão verbal e desrespeito à medida protetiva, está preso há um mês.

“Esse projeto está ajudando muito a ter um exame de consciência para não chegar lá fora e cometer o mesmo erro”, frisou.

Há dois meses preso por descumprir a medida protetiva, outro detento revelou que a iniciativa serve para aprender como funciona e assim possam voltar para a sociedade de forma diferente. “Com consciência, respeitar mais elas. A gente quer ser machista em não aceitar a opinião dela. Vamos sair mais conscientes que a mulher tem mais valor”.

Dentro do protocolo de segurança, a direção do presídio reveza os presos que participam das palestras. Eles são divididos por grupos e temas.

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Hermógenes de Melo Paz é diretor da unidade prisional. Ele destacou que a medida busca demonstrar a importância da mulher na sociedade, a igualdade de direito entre homem e mulher, e fazer entender que a mulher não é objeto de um homem. “A mulher é parceira e cumplicidade. Somente trancar o interno não resolve. Por isso a gente pensou esse projeto como uma forma de conscientizar e mudar a mente dos internos em conflito com a lei maria da penha”, concluiu o diretor.

De acordo com a Sejus, todos vão receber um certificado e terão ainda remissão na pena. A cada três reuniões é diminuído um dia de pena.

As ações de ressocialização e humanização da Sejus-PI abrange várias áreas. A Secretaria de Justiça está trabalhando com a fabricação de pães e outros alimentos, construção civil, dentre outras medidas.

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