POLÍTICA
Senadores piauienses mantêm votos em parecer do processo de impeachment
Os senadores aprovaram nesta quarta-feira (10) o relatório da Comissão Especial do Impeachment que recomenda o julgamento da presidente afastada Dilma Rousseff pela Casa. Dentre os parlamentares piauienses, dois votaram contra e um a favor do impeachment.
O senador Ciro Nogueira (PP) foi o único piauiense que votou pela procedência da acusação. Ele não usou a tribuna para discurso. Elmano Férrer (PTB) também não discursou na sessão, mas votou contra o julgamento de Dilma, assim como Regina Sousa (PT).
A petista usou seus 10 minutos na tribuna para defender a presidente afastada, alegando que já foi comprovado que ela não cometeu crime de responsabilidade. “Esse voto já estava na cabeça do senador [Antônio Anastasia] desde que ele foi escolhido para função. Seria o mesmo ontem, hoje, amanhã e depois. Quando questionamos a escolha do relator não era desconhecendo o direito do PSDB de indicá-lo. Esperávamos um gesto desse partido reconhecendo que não há em seu quadro no senado um só que, pelo menos, pareça imparcial”, reclamou.
Regina Sousa afirmou ainda que as acusações contra Dilma Rousseff continuam frágeis. “Não podiam alegar, por exemplo, corrupção. Eduardo Cunha não acataria, sendo ele o maior corrupto dessa história toda. Outra razão para antecipar o julgamento é tentar salvar Cunha, por medo que ele abra a boca. Não sendo julgado antes da presidente, Cunha tem chances de não ser julgado esse ano. A lei dá 180 dias e ainda não se passaram 90”, declarou a senadora.
O senado decidiu, com 59 votos a favor e 21 contra, levar a presidente afastada Dilma Rousseff a julgamento final. A votação deve ocorrer ainda no final deste mês. Na ocasião, os senadores responderão apenas “sim” ou “não” ao presidente do STF, quando perguntados se Dilma cometeu crime de responsabilidade.
O quórum para iniciar a sessão da votação final deve ser a maioria absoluta, ou seja, mais da metade dos senadores. O impeachment será aprovado se 54 dos 81 senadores disserem “sim”, isto é, 2/3 dos membros do senado.
Se Dilma Rousseff for, então, condenada, ele é destituída do cargo e Michel Temer, vice-presidente, é empossado. Além disso, ela ficará inabilitada a exercer função pública por 8 anos. Caso for absolvida, Dilma Rousseff reassume imediatamente a presidência do país.
Por: Ithyara Borges – Jornal O Dia
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