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Crimes cibernéticos crescem no Brasil e cibersegurança é desafio para próximos anos

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A presença cada vez mais intensa da internet e das redes sociais em nossas vidas diárias é inegável. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) revelam que 82% dos domicílios brasileiros têm acesso à internet.

O Brasil é ainda o terceiro país do mundo com maior uso das redes sociais.

Fábio Matos, sociólogo especialista em perícia forense, ressalta a dualidade da comunicação digital. Embora a internet ofereça acesso à informação e oportunidades, também pode prejudicar quando usada de forma inadequada.

“A comunicação digital é benéfica quando proporciona acesso à informação e capacitação. No entanto, é prejudicial quando leva à perda de contato com pessoas do cotidiano,” afirma.

Além de a internet mudar completamente a nossa forma de interação com o mundo, hoje, nossas informações mais íntimas residem em uma nuvem digital eainda que essa conectividade seja indispensável, ela traz consigo uma série de desafios, como o roubo de informações e golpes digitais. Para debater o tema, O Dia resolveu uma série de reportagens especiais.

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Crimes cibernéticos crescem no Brasil - (Getty Images)Getty Images

Conforme estudo da FireEy, em todo o mundo, os ataques cibernéticos tiveram um aumento de 65% no ano passado. O The Global Risks Report 2024, do Fórum Econômico Mundial, também cita os ciberataques entre os cinco principais desafios a serem enfrentados nos próximos anos. Esse tipo de crime, que envolve diversos tipos de golpes digitais, já movimenta cerca de US$ 8 trilhões.

“Nenhum sistema é 100% seguro,” afirma Raimundo Neto, Perito Computacional Forense. Ele destaca que, mesmo sistemas considerados altamente seguros, têm vulnerabilidades que podem ser exploradas.

“Os golpistas conseguem acesso a informações confidenciais e faturam muito com isso. Algumas pessoas acham que isso não vai acontecer com elas, mas o que vemos é o crescente número de vítimas do cibercrime”, Raimundo Neto, Perito Computacional Forense.

No Brasil, a tendência se repete. Dados do Instituto SAS mostram que cerca de 80% dos consumidores brasileiros sofreram alguma forma de fraude digital. Para Luan Pallin, Engenheiro de Dados, a conscientização sobre esse assunto é exatamente necessária. “Disseminar o conhecimento sobre a cibersegurança é o primeiro passo. Quando as pessoas entendem os riscos e ficam atentas às redes que acessam, contribuem para a redução dos ataques cibernéticos,” diz.

Segundo o advogado especialista em direito digital, Helldanio Barros, a cibersegurança, ou segurança cibernética, é uma questão de preparação. Ele observa que o Brasil possui tecnologia adequada para enfrentar crimes cibernéticos, mas carece de recursos humanos e infraestruturas suficientes.

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“Temos poucos especialistas criminais e a perícia estadual frequentemente concorre com a federal, que já está sobrecarregada,” explica Barros, que alerta para a importância de melhorar a infraestrutura e a capacitação para lidar com esses crimes.

Em resposta a essa crescente ameaça, o governo tem tentado implementar medidas de proteção. O Banco Central, por exemplo, criou um Mecanismo Especial para Devolução de valores em casos de golpes via PIX. No entanto, a falta de conhecimento sobre essas ferramentas entre a população é uma preocupação. “Falta publicidade adequada sobre métodos para evitar golpes e resgatar valores,” aponta o advogado.

Como evitar ser vítima de crimes cibernéticos?

1. Use senhas fortes e exclusivas: Crie senhas complexas e únicas para cada conta. Evite usar informações pessoais óbvias e considere utilizar um gerenciador de senhas para manter suas senhas seguras e organizadas.

2. Habilite a autenticação de dois fatores (2FA): Sempre que possível, ative a autenticação de dois fatores para suas contas. Isso adiciona uma camada extra de segurança, exigindo um código adicional além da senha.

3. Atualize seus dispositivos regularmente: Mantenha seus sistemas operacionais, aplicativos e softwares atualizados para garantir que você tenha as últimas correções de segurança e patches.

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4. Tenha cuidado com links e anexos: Não clique em links suspeitos ou baixe anexos de fontes desconhecidas. Eles podem conter malware ou redirecioná-lo para sites de phishing.

5. Utilize software de segurança: Instale e mantenha atualizados programas antivírus e antimalware confiáveis. Eles ajudam a detectar e remover ameaças antes que possam causar danos.

6. Faça backup regular dos seus dados: Mantenha cópias de segurança regulares dos seus arquivos importantes. Em caso de ataque ransomware ou perda de dados, você poderá restaurar seus arquivos.

7. Eduque-se e conscientize-se: Aprenda sobre as ameaças cibernéticas comuns e como reconhecê-las. Estar informado sobre os tipos de ataques e como evitá-los é uma das melhores defesas.

8. Use redes seguras: Evite usar redes Wi-Fi públicas para acessar informações sensíveis. Se precisar usar uma rede pública, utilize uma VPN para criptografar sua conexão.

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9. Revise configurações de privacidade: Ajuste as configurações de privacidade em suas redes sociais e contas online para controlar quem pode ver suas informações pessoais.

10. Cuidado com phishing e fraudes: Desconfie de mensagens que solicitam informações pessoais ou financeiras. Verifique a autenticidade do remetente antes de fornecer qualquer dado.

Fonte: Portal O Dia / Foto: Pexels

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