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Governo manda prender policiais militares que estão parados
Seguindo as orientações do governador Wellington Dias (PT), o comandante da Polícia Militar do Piauí, coronel Carlos Augusto Gomes, baixou portaria determinando que os policiais militares sejam enquadrados em crimes militares se insistirem com a operação Polícia Legal, deflagrada no último sábado. A determinação é que os policiais desobedientes devem ter o armamento recolhido, podendo ser presos por indisciplina, insubordinação, abandono de posto de serviço e motim.
A portaria, assinada pelo coronel Carlos Augusto, ordena a aplicação de sanções disciplinares contra militares que insistirem com a operação Polícia Legal (veja reprodução ao lado). Até ontem o documento ainda não tinha sido publicado no Diário Oficial do Estado, mas está datado do dia 30 de novembro. Na última segunda-feira, o governador Wellington Dias disse que a paralisação dos policiais significa crime militar e determinou a Procuradoria-Geral do Estado medidas administrativas contra o movimento.
Na portaria, o comando da PM determina que os quartéis definam normalmente as operações e escalas de serviço com os policiais, e diz que os PMs podem até ser presos em flagrante por atos que caracterizem insubordinação, abandono do posto de serviço, motim ou lesão corporal contra outro PM, que são classificados como crime militar.
Através do movimento Polícia Legal, os policiais deixaram de ir às ruas em situações que possam comprometer o exercício da atividade policial. O movimento é por melhorias salariais e de condições de trabalho (veja box).
O comandante-geral da PM determinou que os comandantes e subcomandantes dos batalhões façam relatórios diários sobre as operações, mantendo as escalas dos policiais. Os que se negarem a cumprir a escala devem ser punidos imediatamente. No ato, deve haver a devolução de armas e equipamentos e o recolhimento ao xadrez do batalhão. E eles ainda vão responder a processo na Corregedoria da PM-PI.
Até o início de setembro, a Polícia Militar tinha aberto 49 inquéritos e expulsou quatro policiais militares por atos que contrariam as normas da corporação. No ano anterior, 16 policiais foram expulsos da corporação. A PM informou que os policiais foram submetidos a inquérito policial militar e a processos administrativos, e os que foram condenados, foram expulsos “ao bem da corporação”. A maioria dos policiais que perdeu a farda foi por desvio de conduta.
Fonte: Diário do Povo
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