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Conheça o ditador saudita que deu joias de R$ 16,5 milhões a Bolsonaro

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Um presente milionário dado pela Arábia Saudita ao Brasil em 20021 se tornou objeto de investigação policial. Comitiva do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tentou trazer ao país, ilegalmente, joias avaliadas em aproximadamente R$ 16,5 milhões que seriam um presente para a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.

Porém, o universo em que joia está inserida vai muito além da família Bolsonaro. A Arábia Saudita é governada pela Casa de Saud há 91 anos, hoje nas mãos de Mohammed bin Salman, de 37 anos. Apesar do status de príncipe herdeiro, ele já coleciona funções como: vice-primeiro-ministro, ministro da Defesa, chefe da Corte Real da Casa de Saud e presidente do Conselho de Assuntos Econômicos e de Desenvolvimento.

Ele é filho de Salman bin Abdulaziz Al Saud, de 87 anos, rei saudita que sofre de doença de Alzheimer.

Segundo estimativa da consultoria Brand Finance, a família tem patrimônio avaliado em US$ 1,4 trilhão (cerca de R$ 5,8 trilhões). Mohammed bin Salman comprou, em 2021, o time inglês Newcastle. O príncipe também acumula iates bilionários e obras de arte raras, como o quadro “Salvator Mundi”, do pintor Leonardo da Vinci, arrematado por R$ 2,08 bilhões.

Mohammed bin Salman e Bolsonaro

Apesar de toda a pompa em torno de Mohamed bin Salman, ele é alvo de denúncias contra mulheres, homossexuais, cristãos e contra a imprensa. Bolsonaro já afirmou que ele e o príncipe eram “quase irmãos”.

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Principais acusações contra o príncipe:

Caso Khashoggi: em 2021, um relatório americano sobre a morte do jornalista saudita Jamal Khashoggi concluiu que Mohammed bin Salman aprovou a operação de captura do profissional. O desaparecimento do jornalista aconteceu após ele entrar em um consulado saudita em Istambul, na Turquia. Khashoggi escrevia para a imprensa americana e se colocava contrário ao regime saudita.

“O príncipe herdeiro via Khashoggi como uma ameaça ao país e apoiava de modo geral o uso de medidas violentas, se necessário, para silenciá-lo”, aponta o relatório.

Iêmen: no ano de 2018, o príncipe foi processado por um grupo de defesa dos direitos humanos por cumplicidade em tortura e tratamento desumano no país. A denúncia aponta que o autocrata é responsável por ataques aéreos que atingiram e mataram civis em 25 de março de 2015.

Além disso, Mohammed bin Salman é acusado de apoiar financeiramente grupos extremistas jihadistas, mas se coloca como aliado do Ocidente.

Minorias: mulheres no país não podem deixar suas casas sem uma companhia masculina e correm risco de sofrer abuso físico e sexual. Em complemento, as pessoas da comunidade LGBTQIA+ também sofrem perseguição e se forem pegas no “ato homossexual, são punidas com a morte.

Religião: país majoritariamente muçulmano tem como proibição a conversão ao cristianismo. O ato é caracterizado como crime de “apsotasia”, ou seja, renúncia de uma religião ou crença, abandono da fé. Aquele que for pego se convertendo pode ser punido com a morte. Cristãos no país não podem se expressar livremente.

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Joias para Michelle

Em 26 de outubro de 2021, representantes do governo Bolsonaro trouxeram anel, colar, relógio e brincos de diamantes. As joias, porém, acabaram aprendidas no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos. Elas estavam na mochila de um assessor do então ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, Marcos André dos Santos Soeiro, que esteve no Oriente Médio na comitiva do ministro.

Segundo o jornal O Estado de São Paulo, de outubro de 2021 até o final de seu mandato, em dezembro de 2022, Bolsonaro tentou, por diversos meios, reaver as joias, sem sucesso. A única forma de liberar os objetos seria pelo pagamento do imposto de importação, equivalente a 50% do preço das joias, além da quitação de uma multa de 25%, o que custaria R$ 12,3 milhões.

Fonte: Metrópoles

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