Alagoinha do Piauí

I Festival de Sanfona valoriza a cultura nordestina e homenageia Raimundo Nonato em Alagoinha do Piauí

Publicado

2 semanas atrás

6 de maio de 2024

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Na tarde deste domingo, 05 de maio, a cidade de Alagoinha do Piauí foi palco de um grande evento, com a realização do I Festival de Sanfona.

O festival foi organizado por Diassis Pepial, Ademar Marques e o grupo Sanfona Sentida, em parceria com a Prefeitura Municipal, na administração do prefeito Jorismar Rocha, através da Secretaria de Cultura e teve como objetivo fortalecer a cultura local, bem como celebrar a rica tradição musical nordestina.

Inicialmente, houve uma concentração no posto João Braz, seguida por uma sanfonata pelas ruas do centro da cidade, que foi concluída em frente à Igreja de São João Batista.

Na oportunidade, a professora Fidélia Rocha, falou sobre o relato histórico do Dia Municipal do Sanfoneiro que é comemorado no dia 06 de maio, uma lei que foi criada, aprovada pela Câmara de Vereadores e sancionada pelo prefeito Jorismar Rocha no ano de 2023.

Na sequência, os participantes se dirigiram à Casa de Show Asa Branca para o Festival de Sanfona. Vitorino Luz, pai do sanfoneiro Alvino Luz, destacou sobre o festival que engrandece à cultura.

“Quero agradecer a todos os amigos que estão participando e contribuindo para a realização desse grande evento. Agradeço ao grupo Sanfona Sentida que vem organizando eventos como esse e em 18 municípios do Piauí já foi instituído o Dia do Sanfoneiro, graças a Deus, ao Alvino Luz e aos amigos do grupo Sanfona Sentida e outros grupos de sanfona, de São Raimundo Nonato por exemplo, que estão fazendo com que essa essa cultura cresça no Piauí e no Brasil”, frisou.

O assessor da Cultura de Alagoinha do Piauí, Samuel Nascimento, enfatizou sobre a realização do I Festival de Sanfona, frisando a importância de valorizar à cultura local.

“Quero destacar que a festa é de vocês, aos que são aqui de Alagoinha que bom estarmos reunidos para fazer essa festa, aos sanfoneiros de outros municípios a gente deixa a mensagem de boas-vindas. Alagoinha do Piauí é uma cidade que respira cultura, nossa história é recente no que diz respeito a emancipação política, mas longa desde a sua colonização e trás na história grandes sanfoneiros, entre eles o grande Raimundo Nonato, que deixou um legado não só em Alagoinha, mas em todo o Brasil. Quero parabenizar pela brilhante iniciativa o ativador cultural Diassis Pepial, grande sanfoneiro Ademar, o grupo Sanfona Sentida, na pessoa do Alvino Luz e também a todos os demais sanfoneiros. Nós reconhecemos a importância desse projeto, não estamos à frente, mas apoiamos e assim queremos seguir, buscando dentro das nossas possibilidades apoiar projetos que valorizem a nossa cultura alagoinhense”, concluiu.

Diassis Pepial, um dos organizadores do festival, expressou a alegria por contribuir para que o evento fosse realizado.

“Para mim é de grande importância esse evento, avalio como positivo tudo que aconteceu, nunca houve algo assim aqui no município e eu fico feliz em fazer parte da organização. Agradeço aos demais que contribuíram e queremos continuar promovendo eventos assim”, disse.

Durante o festival também houve uma homenagem ao ícone local, Raimundo Nonato de Carvalho, também conhecido como Raimundo Nonato (Nonato de Mané Caboclo).

Nascido em 6 de maio de 1935, Raimundo Nonato deixou um legado inestimável para a música nordestina. Desde jovem, encantava o público com seu talento, animando festas com seu autêntico “Forró Pé-de-Serra”, acompanhado de instrumentos como triângulo, pandeiro, zabumba e sua icônica sanfona de 120 baixos. Sua jornada musical o levou a São Paulo, onde gravou seus primeiros compactos de vinil e se tornou uma figura central na disseminação do forró piauiense em todo o Brasil.

O momento também contou com uma competição de valsa, onde os participantes foram avaliados pelo público, bem como a entrega de premiação para os ganhadores, além de muita música e diversão para os amantes da cultura nordestina.

O I Festival de Sanfona contou com a participação vários sanfoneiros, sendo eles: Erasmo do Acordeon, Ademar Marques, Tontonho de Albino, Kelma, Isabel, Manel do Acordeon, Revil de Lírio, Francisco Arestides, Wenderson Sá, Celcinho do Exú, Evilasio do Acordeon, Das Chagas, Bono de Albino, Laurenrrosse, Alvino Luz, Vitorino Luz, Antônio do Pandeiro, João das Plantas, Luís Carlos, Tonho de Corrinha, Valdinar, Juiz Sanfoneiro, Martin, Ernesto, Lalá, Erasmo de Lalá, Leto de Tiquim, Golota, Geno de Luzia, Chico Cornélio, Eli sanfoneiro, Ademar, Aristides, Chico Aristides, Adão Luís, Revil de Liro, Abdenor Sá, Toizinho, Epitácio, Zé de Junuário, Caju, Chiquim, Netinho sanfoneiro, Luís Carlos, Ricardo do Acordeon, Joaquim de Júlio, Erlandio do acordeon e Paulinho sanfoneiro.

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