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Clicks do Mês

JAICÓS | 53 anos de casados, 6 filhos e uma trajetória de luta: Clicks do Mês traz relatos de vida de Pedro e Helena; veja fotos !

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Com o amparo de Deus e muita força para trabalhar, eles criaram seus 6 filhos. Levando uma vida simples e de dificuldades no interior, era da terra que tiravam o sustento. A enxada, foice e o arado, que por muitos anos eles utilizaram para a labuta diária na roça, deixaram suas mãos calejadas, mas ajudaram a colocar comida na mesa.

Quando a produção era boa e tinha feijão, farinha, goma e leite, para eles, havia alegria. Mas se para os filhos, algo faltava, logo os corações ficavam aflitos, e eles, sem poder ceder ao fracasso, precisavam ainda mais lutar, para ultrapassar os maus dias.

Helena Donilia de Sousa, 70 anos, e Pedro José Antônio, 81, casados há 53, foi que vivenciaram essa trajetória de lutas. Eles são pais de Edvaldo Pedro de Sousa, Heleni Helena de Sousa, Edilene Helena de Sousa, Eliene Helena de Sousa Carvalho, Ednalva Helena de Sousa e Vanessa Helena de Sousa Oliveira.

São os relatos deles que o Clicks do Mês traz em sua primeira edição do ano de 2022. Para contar mais essa história, o Cidades Na Net foi até a localidade Capim, que fica na zona rural de Jaicós, a 15 km da sede do município.

Dona Helena, contou que a pobreza e sofrimento, por diversas vezes, estiveram presentes. “A vida de criar os filhos foi triste assim que nós casamos. Muita pobreza, dificuldade, naquele tempo não vinha ajuda para os pobres, a ajuda era só de Deus e trabalhar pra gente ter as coisas. Sofremos muito na roça para criar os filhos. A gente tirava muito feijão, mandioca, fazia farinha, e daquele feijão a gente se ‘remia’ para pegar os alimentos para os filhos. Foi assim que a gente criou eles com muita dificuldade, vivíamos só da roça, não tinha outro ganho. Eu plantava, trabalhava de foice, machado, não tinha medo de nada não”.

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Quando casou, ela morou com o esposo na casa do pai por um ano. Depois, uma casa de taipa, foi seu primeiro lar. “Sempre moramos aqui no Capim. No ano que casei Pedro tinha muita farinha, muito feijão, e a gente ia vivendo. Quando foi em 84 eu plantei e deixei feijão na roça. Tirei 76 sacos de feijão e não dei para colher não. Quando casamos ficamos um ano na casa de pai, mas depois o Pedro levantou uma casinha de vara, com um ‘mieiro de teia’, e cercou como curral de bode. Eu armava a rede dele e nós dormia aí. Começamos nessa casinha de taipa, aí depois o Pedro foi para São Paulo, e a gente foi construir uma casinha de tijolo, com um cômodo só”.

Os filhos vieram em meio à simplicidade. Nem um colchão dona Helena tinha para se acomodar para a chegada de seus pequenos. “Naquele tempo não tinha essa mordomia da moça casar, ter a cama, ter tudo. Eu tive quatro filhos em uma cama de vara, forrada com umas ‘painha’. Só as duas mais novas nasceram no hospital, as outras foram em casa, num quartinho, a parteira era minha sogra, que pra mim era uma mãe. Eu deixava mamãe para ficar com ela porque ela cuidava de mais de mim, foi quem criou Edvaldo até grandão”.

Além de já serem grandes as dificuldades, na segunda gravidez, dona Helena ainda enfrentou uma hemorragia. “Quando tive Heleni também, em 72, enfrentei uma crise muita pesada, quase morro. Não sei se era a pobreza que era grande, eu passei três meses doente, com hemorragia. Eu até imaginava em dá minha filha para minha cunhada, mas pensava ‘Deus vai me dá a coragem de criar meus filhos’. E hoje minha cunhada já morreu e eu tô viva”.

Quando Helena estava na terceira gestação, seu Pedro se viu sem saída. Para poder dar algo aos filhos, ele, pela primeira vez, teve que ir para São Paulo. “Quando a gente tava na pobreza mesmo, sem roupa nem pra vestir, eu ‘de bucho de Edilene’, em 72, o Pedro disse ‘Helena, preciso dá uma volta no mundo, porque a gente não tem condição, como é que essa menina vai nascer e eu não tenho dinheiro para nada?’ .Aí ele foi para São Paulo e eu fiquei grávida da Edilene. Eu plantei, ainda tirei 12 sacos de feijão, e isso de barriga. Meu irmão chegou com o feijão, colocou numa saca e deixou em cima de uma pedras, aí quando foi de noite caiu chuva, eu com o ‘buxão na boca’, via e não podia fazer nada. A chuva passou por baixo da saca, mas não molhou, graças a Deus”.

Enquanto o marido ainda estava em São Paulo, dona Helena enfrentou mais uma grande batalha. “Edvaldo quase morre com sarampo, aí eu me passei para a casa de madrinha Martina, e ele lá magrinho que você olhava que dava dó. Edilene tava com 5 meses, Heleni cegou, os olhos ficaram todos remelados. Nesse tempo do sarampo morreu até uma menina vizinha nossa. Não tinha pra onde socorrer. E eu passei 2 meses na casa de madrinha, só vinha em casa cuidar. E nesse tempo era eu sozinha, o Pedro estava em São Paulo”.

Dona Helena lembrou que vendeu todos os animais que tinha para garantir o alimento dos filhos. “Ele foi 4 vezes pra São Paulo, e a primeira viagem que ele foi, saiu com duas roupinhas, e uma já chegou lá rasgada. Era muita pobreza. Ainda bem que na época eu tinha umas cabeça de criação, aí vendi tudo pra escapar, pra da ‘dicumê’ aos filhos. Naquela época tinha muito bicho do mato também. Nós ia pra chapada e ele amanhecia com dois tatu, matava de ‘trinta lambú’ pra fazer a comida dos menino. Se não tivesse isso aí era difícil escapar”.

Ela diz, que mesmo diante de tantas dificuldades, nunca reclamou ou brigou com o marido. “Eu sei que nós sofremos, mas eu nunca reclamei da minha vida, nunca briguei com esse Pedro por que não tinha calçado pra calçar, vestido para vestir. Meu pai adoeceu em 70 lá na rua, chegou a notícia que ele tava mal de morte, e eu não fui porque não tinha um vestido. Eu fui lavar a roupa, colocar pra secar e no outro dia fui. Mas graças a Deus, nunca briguei, nunca fiz conta da minha vida que era sofrida, pois quando casei com ele eu já sabia que ele era pobre, não tinha nada para me oferecer”.

Já crescidas, as filhas começaram a frenquentar a escola, e ajudavam os pais na roça. “Quando elas estavam já grandinhas, Pedro colocou Heleni na escola e dela puxou as outras. Aí elas ficavam na cidade estudando, mas eu criei foi na roça. Quando terminava dezembro eu trazia tudim pra roça, levava no domingo e só trazia no outro. ‘Puxavam burro, aradavam’. Quando eles começaram a estudar iam para a casa dos outros. Estudaram foi tempo assim, até que Edvaldo lá em São Paulo arrumou um dinheiro e mandou pra eu comprar uma casa e colocar as meninas”.

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Depois de tantos anos de luta, dona Helena disse que as coisas foram melhorando. “Fomos levantando um pouquinho, melhorando. O Edvaldo, que é o mais velho, foi pra São Paulo e lá me ajudava, com 15 anos a Heleni foi também, trabalhava e me ajudava. A gente vem lutando, no sofrimento, mas estamos vivendo até hoje. Nunca perdi a cabeça, nunca briguei com ele por causa de sofrimento. E o segredo pra tanto tempo junto, mesmo com tanta dificuldade, é amor. Eu casei com Pedro com 15 anos de idade e ele tinha 27. E ele tinha amor mais do que eu, porque eu era briguenta viu (risos). Hoje graças a Deus o maior prazer que tenho é minha família, meus filhos”.

Por fim, Helena disse que é grata a Deus pela família que tem. “Eu criei e ta tudo bem, mas o sofrimento foi grande. Eu agradeço a Deus que elas não passam o que passei, porque eu passei amargura grande, tem coisa que elas nem sabem porque eu não conto. Hoje eu agradeço demais pela minha família, agradeço a Deus que eles hoje tem condição de me ajudar, de tá com eu. Estivemos tudo separados, eles em São Paulo, e eu chorava direto dizendo, eu tenho certeza que um dia junto meus filhos, pois foi a pobreza que separou, e hoje estamos todos juntos. E os bisnetos que vão chegar é outra alegria. Deus há de preparar muitos anos de vida pra todos nós”.

Seu Pedro também falou de suas lembranças. Para ele, desde o tempo em que morava com os pais, as coisas já eram difíceis. “A vida hoje tem altos e baixos, mas antigamente pra você começar a vida você ‘fuçava’. Minha mãe teve 14 filhos, eu era o mais velho. Aí as vezes eu ia trabalhar e ficava pensando ‘meu Deus, tudo dentro de casa trabalhando e não da nada, e se eu sair de dentro de casa, como papai vai da conta disso aqui?’. Eu controlava a casa, tudo que eu saísse pra ganhar era pra dentro de casa. Eu era solteiro, mas não tinha fantasia nenhuma, só pensava em meus irmãos pequenos. Já pensou, 13 pessoas dentro de casa para comer pra ficar em um braço só? Não dava, eu tinha que ajudar”.

Mesmo sendo apenas um menino, ele teve que se tornar um líder dentro de casa. “Com 15 anos eu já tomei de conta da roça, foi no tempo que meu avô adoeceu e papai tinha que ficar com ele. Aí eu subia pra roça de manhãzinha com os meninos e dizia, ‘oia, quando nós plantar 5 tarefas de terra, o dia ta dado’, eu já dava a empreita. Aí a gente chegava em casa e papai dizendo, ‘esse ano nós vamos morrer de fome’, mas foi o ano que nós começamos a melhorar a situação”.

Depois de muito tempo trabalhando na roça, ele decidiu sair de sua cidade. O pensamento era sempre o mesmo: ajudar a família. “Aí ainda solteiro eu fui pra São Paulo e trabalhei lá 3 anos. Nesse tempo que passei lá eu morava mais o tio, e era dominado por ele, o que ele falava era como meu pai. Aí eu trabalhava, 1 mês meu tio me dava uma parte do dinheiro e pagava a pensão, no outro, eu pagava a pensão e o outro mandava pra papai. Aí vim embora e quando voltei continuei do mesmo jeito, só trabalhava pra casa”.

Seu Pedro lembrou que um dia havia separado um dinheiro para ele, para o festejo da cidade. Mas, diante da necessidade da família, ele não pensou duas vezes. “Um dia, eu fiz uma empreita de uma ‘destoca’, na véspera de setembro, e disse: vou ganhar o dinheiro de comprar a roupa, o calçado e de brincar nas festas. Quando cheguei um dia em casa, deitei numa esteira e fiquei, ai papai chegou, começamos a conversar e ele disse, ‘rapaz, o menino adoeceu, tive que gastar na farmácia, e amanhã não tenho o dinheiro nem do sal’. Eu fiquei calado, só fiz levantei, peguei o dinheiro que tinha e dei pra ele. Ele, ‘não rapaz, aqui né teu dinheiro das festas’, eu disse, mas eu tô lhe dando pra fazer a feira, pagar a farmácia e ‘destá’ que eu me viro. Aí na segunda fui fazer o resto da ‘destoca’. Antes trabalhei a semana toda pra tirar três tarefas, e nessa, que era mais ruim, tirei em três dias, eu disse ‘Deus tá me ajudando”. Aí comprei as roupas, calçado, fiquei com dinheiro pra brincar e nunca me fez falta o dinheiro que dei a ele”.

Já aos 27 anos, Pedro saiu de casa para formar sua própria família. “Aí fiquei assim e quando tinha 27 anos me casei. No ano que casei com Helena, foi ano de fartura. Papai bateu 46 quarta de feijão e eu 33, aí uma hora eu cheguei nele e falei, papai, esse ano nós vamos botar o feijão separado porque eu vou me casar, e ele disse pra mim ‘demorou, porque até agora você nunca separou nada’. Aí no tempo da mandioca, ainda fiz 6 quartas de farinha, 2 sacos de goma e colocamos lá separado”.

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Fora de casa, o cuidado, amor e preocupação para com os irmãos e a família, continuou o mesmo. O alimento que ele havia separado quando casou, logo foi dividido entre os pratos dos irmãos.

“Um dia chamei Helena pra ir lá em casa buscar farinha, feijão, goma. Quando entrei tava meus irmãos mais novos, eles metia a colher no prato, mexia o feijão, chorando, e eu fiquei olhando aquilo. Aí perguntei a mamãe porque os menino tava chorando e ela disse: ‘porque não tem mistura meu fi, hoje não tem nem farinha’. Arroz ninguém nem falava. Eu disse, mãe, e eu não tenho farinha aí, porque a senhora deixa os meninos ficar desse jeito?. E ela disse, não meu fi, hoje você já é pai de família. Eu fui e disse, mãe, enquanto eu tiver farinha e goma aí, é pra vocês comerem. Não quero ver meus irmãos numa situação dessa. Aí ela começou a chorar, e disse, quando você vivia aqui em casa nunca aconteceu mesmo. E eu disse, agora pode acontecer, quando acabar a gente chora todo mundo junto, mas enquanto tiver, não quero ver ninguém com fome”.

Pedro diz que nunca se arrependeu do que fez pelos seus. “Toda vida fui cabeça e nunca me arrependi. Quando me casei com Helena o que trouxe de casa que já tinha comprado foi um ‘mieiro’ de telha. Tinha um irmão que quando casou já tinha a casa dele, e eu não tinha nada, apenas um jumentinho para andar, porque tudo que ganhava era pro consumo de casa. Mas nunca me arrependi, nunca fiquei mais pobre que os outros. Nunca teve um dia pra dizer: ele se arrependeu do que fez pelos irmãos”.

O que aprendeu desde cedo : “trabalhar e cuidar dos seus”, ele seguiu levando por toda vida. “Sofrimento naquele tempo era duro, era um tempo perverso. A gente não tinha ganho, quando achava uma pessoa pra pagar 1 ou 2 dias de serviço era vantagem. Aí eu trabalhava a semana e no fim de semana dizia ‘ôh meu Deus se eu achasse dois dias de serviço pra comprar o arroz para os meninos’. Quando eu achava um dia de serviço era uma alegria, pois sabia que na segunda tinha um dinheirinho pra feira. Mas antes, tinha dia que ia pra roça trabalhar, parava, ficava pensando ‘será que eu escapo com meus filhos”.

Em meio às dificuldades, quando a roça, que sempre ajudou a garantir o sustento, não era mais suficiente, ele teve que tomar a decisão de para longe ir. “Foi difícil sair daqui, porque nem dinheiro num tinha, tomei emprestado pra viajar. Eu tava um dia na feira de cabeça baixa, sem saber como fazia a feira pra trazer pros meninos. Eu não pensava ‘nem neu’, só nos filhos. Aí um colega perguntou ‘o que tá acontecendo’, e eu disse, rapaz, é que hoje eu não tô tendo dinheiro nem para levar o arroz dos meninos, e tô pensando em ir embora, mas também não tenho dinheiro. Aí ele tinha feito um negócio no banco e disse ‘pois eu tenho o dinheiro pra você viajar’, eu disse que já queria ir no final de semana, ele meteu a mão no bolso e me deu o dinheiro. Fiz a feira dos meninos fiado, sai contente e quando cheguei aqui disse a ela que ia viajar”.

Sem nada, ele partiu. Levava apenas a esperança de dias melhores. “Viajei com duas mudinhas de roupa, a que tava vestido e outra pra colocar quando chegasse lá. Era a semana todinha viajando. Eu tinha dois irmãos lá, quando cheguei fui encontrar um. Minha roupa era velinha, quando ele me viu ele chorou, e eu, dei risada. Era um condomínio, morava um monte de colega, aí eles diziam, ‘rapaz, tu faz é da risada’, e eu respondi, eu não vou chorar, tô sorrindo de alegria porque já tô aqui com ele, mais difícil esteve quando eu vinha viajando. Aí ele entrou no quarto, pegou uma camisa e disse ‘vai tomar banho e trocar de roupa’. Aquilo ali pra mim parece que eu subi e fiquei alto do chão” conta Pedro.

Depois de 11 meses de trabalho, ele decidiu voltar. “No outro dia já comecei a procurar serviço e achei. Eu trabalhava de servente, mas quando as coisas estavam ruins, era o que topasse na frente, eu nem escolhia. Tinha ficado devendo o casamento no civil aqui, aí meu irmão me deu o dinheiro, disse pra eu pagar e mandar o resto pra Helena e os meninos, e ali pra mim eu já tinha enriquei. Ganhei o dinheiro, paguei ele, aí eu digo, ‘vou embora, vou cuidar de meus fi”. Trabalhei 11 meses lá, chegando com o dinheiro pra fazer uma ferinha pra mim tava bom, e assim eu fiz, vim embora”.

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Passados alguns anos da última viagem, mais uma vez, ele voltou a São Paulo. “Quando eu voltei, trabalhei, trabalhei, e com uns 5 anos, as coisas começaram a ficar ruim de novo e voltei pra São Paulo. Trabalhei mais 11 meses, voltei, e melhorou a situação. Depois apertou de novo, aí fui mais uma vez e demorei mais, trabalhei 1 ano e 6 meses e voltei. Aí foi no tempo que Heleni foi pra São Paulo com uma tia. Eu deixei, mas fiquei constrangido” lembra.

Preocupado com a filha que estava em São Paulo, ele foi mais uma vez para lá, agora para ajudá-la. “Eu fui pra roça mais Helena, trabalhamos, aí eu disse pra ela que ia para São Paulo, e ela disse ‘fazer o que?, tu tá cuidando da terra’, respondi, mas Heleni foi, a casa é de minha cunhada e meu irmão e as coisas em São Paulo não é como aqui, uma hora todo mundo tem que pagar. Aí eu fui na outra semana. Trabalhei 1 ano e 6 meses lá, nesse tempo Heleni arrumou um emprego numa firma e o estudo dela bem, aí eu vim embora pra cuidar dos outros. Ainda voltei lá, mas só pra passear”.

Seu Pedro encerrou dizendo que sua riqueza é sua família e que é grato a Deus por tudo. “Dei tudo a meus filhos, sem poder, mas eu dei, e hoje eles tão tudo aí, e eu me acho rico. Sigo levando minha vida, sossegado, e só tenho que agradecer a Deus todo dia. Na hora da dormida, peço a ele sossego e felicidade pra mim e meus filhos. Não tenho o que reclamar. Adoro meus filhos, meus genros e quando chega todo mundo aqui para aquela reunião, eu fico cheio de alegria” finalizou.

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