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GERAL

Neuropsicopedagoga de Picos explica como identificar características em crianças com TEA

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Muitos são os desafios encontrados por pessoas que lidam com filhos e familiares portadores de autismo. Além das dificuldades diárias impostas pelo distúrbio do neurodesenvolvimento, existe ainda o preconceito da sociedade.

A advogada e neuropsicopedagoga, Adriana Gierne de Sousa, explica o conceito e orienta como a família pode identificar características do autismo.

Adriana Gierne é vice-presidente da Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência e membro do Conselho Municipal de Proteção dos Direitos das Pessoas com Deficiência (COMUDE).

O Transtorno do Espectro Autismo (TEA) é um distúrbio do neurodesenvolvimento caracterizado por desenvolvimento atípico, manifestações comportamentais, déficit na comunicação e na interação social, padrões de comportamentos repetitivos e estereotipados, podendo apresentar um repertório restrito de interesses e atividades limitadas.

A etiologia do transtorno do espectro autismo ainda permanece desconhecida. Evidências científicas apontam que não há uma causa única, mas sim a interação de fatores genéticos e ambientais, segundo destacou a neuropsicopedagoga.

Diagnóstico

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No transtorno não há biomarcadores específicos que possam auxiliar no diagnóstico. Ele é feito de forma clínica a partir das observações do comportamento da criança, entrevistas com os pais e aplicação de instrumentos específicos.

Sinais

Os sinais de alerta para crianças que têm o TEA, segundo relatou a profissional são: dificuldades de interagir socialmente – interage de forma inadequada com outras pessoas e essa forma traz prejuízos para seu desenvolvimento social; déficit na comunicação, ou seja, dificuldade de se comunicar – atraso ou ausência de fala e dificuldade de compreender situações ou até mesmo para expressar emoções.

Outros sinais destacados pela psicopedagoga importantes de observar são os movimentos repetidos com fala e gestos. “Tudo isso é um sinal de alerta para o transtorno do espectro autismo”, pontua.

Quando o assunto é desafio, Adriana enfatiza que começa pela dificuldade financeira em arcar com tratamento, o acesso ao Sistema Único de Saúde e ter um tratamento gratuito com consultas e medicações, além da falta de vagas disponíveis nas escolas.

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“Isso dificulta a convivência, o convívio social, e contribui para a introspecção do autista em sociedade, o capacitismo, a discriminação, violência, negligência, crueldade, a tortura contra a pessoa do espectro autista é comum e é constante”, disse.

A respeito de todos esses fatores destacados acima ela orienta que tais evidências são consideradas crimes com penas que podem variar de dois a cinco anos de reclusão e multa.

As Leis 12.764/2012 e 13.146/2015 são amparadas pelos sistema judiciário. Os familiares não devem ser coniventes com atos de discriminação e toda forma deve ser punida. Existem vários canais de proteção e defesa de pessoas com deficiência.

“Temos o ministério público e defensoria pública, a delegacia que pode ser registrado boletim de ocorrência em caso de ato de discriminação materializado. É preciso lutar contra os estigmas sociais, contra toda forma de opressão”, aponta Adriana.

Nesta quarta-feira, 21 de setembro, é celebrado o Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência.

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“Façamos um apelo à sociedade no sentido de respeitar e ter mais empatia, pois desafios que familiares e pessoas enfrentam são enormes. Que lutemos para ter uma sociedade mais justa, mais empática e com mais diversidade e sensibilidade para que o convívio social se torne mais possível”, concluiu.

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