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SAMU ajuda a salvar vida de homem alvejado com 12 tiros no Piauí

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Em dezembro de 2016, o comerciante Valmir da Silva, então com 32 anos, foi vítima de uma ação criminosa e teve o seu corpo cravejado por balas. Ao todo, levou 12 tiros e o seu quadro clínico apontava que ele não iria sobreviver. A esposa dele chegou a preparar a casa para o velório e seus amigos se despediram nas redes sociais. Mas, contrariando o prognóstico médico, Valmir se recuperou. “Estou vivo, bem, e contando esse caso, que daria um filme”, comemora.

Depois de ser atingido pelos tiros e já muito ferido, a vizinhança acionou o SAMU por meio do 192 e uma ambulância avançada se deslocou ao local. A enfermeira intervencionista, Isabel Cavalcante, que integrava a equipe, conta como estava o paciente: “Ele estava em um quintal escuro, no chão com lama e foi necessário ligar uma lanterna para fazermos a abordagem inicial. Fizemos tudo por ele”, relembra.

As 12 perfurações ocasionaram lesões em diversos órgãos: tórax, diafragma, estômago, intestino e numa veia importante localizada no abdome. No tratamento, ele passou dois meses na UTI e foi submetido a oito cirurgias. Nesse tempo, teve seis paradas cardíacas e o seu quadro foi agravado por uma infecção no abdome e pulmão.

Segundo o médico Daniel Gonçalves, que estava de plantão naquele dia, pesquisas sobre atendimento pré-hospitalar demonstram que a intervenção antes da chegada ao hospital contribui significativamente para aumentar a sobrevida dos pacientes. “O serviço ofertado pelo SAMU foi um divisor de águas no atendimento do Valmir da Silva, tendo sido concluído em ambiente hospitalar”, lembra.

Nos meses de janeiro de 2016 a 19 de agosto de 2018, o sistema 192 do SAMU da capital piauiense registrou atendimento a 2.105 vítimas de agressão física. Desse total, 83% eram do sexo masculino. Os tipos mais comuns de agressões são por arma branca, arma de fogo e espancamento.

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“Sobrevivi por um milagre”, celebra Valmir

Ao olhar para trás, Valmir da Silva considera que o seu caso foi um milagre e elogia a forma como foi atendido: “Sei que muitas pessoas me ajudaram, mas tudo foi iniciado pela ambulância. Agradeço por isso. O SAMU é um trabalho de Deus, é bonito, salva vidas. Foi o Senhor que intercedeu para que essa equipe pudesse me ajudar. Se não fosse por causa deles, eu não estaria vivo”, acredita.

Ele conta que os criminosos que tentaram matá-lo o confundiram com outra pessoa. Tudo começou quando Valmir pilotava a sua moto, depois de sair da academia. No percurso, no bairro Mafrense de Teresina, foi surpreendido por dois indivíduos em outra moto que, propositalmente, causaram uma colisão. Na queda, deram o primeiro tiro, que não o acertou. Valmir então passou a correr para escapar, mas efetuaram 04 disparos e dois atingiram as suas costas.

Na tentativa de se esconder, ele entrou em uma casa que estava de portas abertas. Um homem e sua filha fizeram o mesmo. “Quando ele percebeu que eu era o alvo, pediu por minha saída da casa por conta da criança. O pedido ia ser atendido, mas um dos rapazes já me aguardava na porta e deu mais dois tiros, um no meu peito, outro no braço”, lembra.

Foi então que Valmir, mesmo já sangrando bastante, tentou desarmar o indivíduo. Ao contrário disso, acabou por receber mais 08 tiros no abdome. Nessa hora, a criança que também tentava se esconder naquela casa foi baleada e, atualmente, está paraplégica. O comerciante lembra que chegou a falar ao criminoso: “Rapaz, tu me matou!”. O indivíduo ainda apontou para dar um tiro final, em sua cabeça, mas a arma já não tinha munição.

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Valmir também recorda que o SAMU chegou rápido. “Alguém da equipe falou que havia muitas perfurações no meu corpo. Depois de atendido, ‘apaguei’!”. Valmir só foi acordar 26 dias depois. Ele fez uma cirurgia no HUT e, no dia seguinte, foi transferido para hospital particular. Hoje, quando chega para fazer suas consultas periódicas, Valmir é chamado pelo médico que lhe atende de “Inexplicável”.

 

 

Fonte: 180graus (Com informações da PMT)

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