GERAL
País precisa colocar 2,8 milhões de crianças na escola, diz relatório
Relatório do movimento Todos Pela Educação (TPE) divulgado nesta quinta-feira (2) aponta que o Brasil ainda precisa incluir cerca de 2,8 milhões de crianças e adolescentes na Educação Básica.
Além disso, precisa garantir que os já matriculados concluam os estudos dentro da faixa etária recomendada e com melhores índices de aproveitamento das disciplinas.
As deficiências foram apontadas em detalhes no relatório “De Olho Nas Metas 2013-14”. Elas foram constatadas principalmente através do monitoramento de dados oficiais (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) 2013 e na Prova Brasil/Saeb (MEC/Inep) 2013 divulgados entre o final de 2014 e início de 2015).
O movimento aponta que há diferença regionais e de aspectos socioeconômicos. “Entre os 25% da população com maior renda, 95,8% das crianças de 4 e 5 anos frequentam a escola, enquanto a taxa de atendimento dessa faixa etária entre os 25% com menor renda é de 85%”, aponta o relatório
Se consideradas questões regionais, Acre, Amazonas e Amapá apresentam as menores taxas no atendimento escolar dessa população em 2012 e 2013: 89,6%, 90,1% e 90,3%, respectivamente.
META 2 – Toda criança plenamente alfabetizada até os 8 anos – Até 2010, 80% ou mais, e até 2022, 100% das crianças deverão apresentar as habilidades básicas de leitura, escrita e matemática até o final do 3º ano do Ensino Fundamental
DIAGNÓSTICO
Os números da Região Norte são os mais alarmantes do País: em 2013, apenas 3,6% concluíram o Ensino Médio sabendo o que deveriam em matemática, e 16,2%, em língua portuguesa.
“É urgente que o país promova ações imediatas e mais efetivas para que os jovens que estão hoje no sistema tenham garantido o seu direito ao aprendizado. Para isso, é fundamental repensar Ensino Médio, que ficou por anos estagnado e agora apresenta retrocesso de seus indicadores, e também ter políticas focadas nos anos finais do Ensino Fundamental, que já demonstram estagnação em patamares muito baixos de proficiência”, analisa a diretora-executiva do TPE, Priscila Cruz.
As desigualdades de raça também aparecem evidentes nesta meta, segundo o TPE. “Há uma diferença de aproximadamente 20 pontos percentuais (pp) entre as taxas de jovens declarados brancos que concluíram o EF aos 16 anos e o EM aos 19, que são respectivamente 81% e 65,2%, e aqueles que se declaram negros – 60% e 45%”, conclui o estudo.
A influência do fator socioeconômico também foi constatada. “No Ensino Fundamental, por exemplo, o quartil mais pobre apresenta taxa de conclusão igual a 59,6%, enquanto entre os 25% mais ricos, esse percentual é de 94%. No Ensino Médio, esses valores são, respectivamente, 32,4% e 83,3%”, afirma o estudo.
META 5 – Investimento em Educação ampliado e bem gerido – Até 2010, mantendo-se até 2022, o investimento público em Educação Básica obrigatória deverá ser de 5% ou mais do PIB.
Em Educação Básica, há uma tendência de crescimento desde 2000, quando era de somente 3,2%. Atualmente, está no patamar de 4,7%.
Fonte: G1
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