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Monitoramento das barragens no Piauí é intensificado; veja a situação
A Barragem Algodões II, em Curimatá, no Sul do Piauí, passou por vistoria técnica realizada pelo Instituto de Desenvolvimento do Piauí (IDEPI) e pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Piauí (Semar), nesta quinta-feira (13).
A inspeção ocorreu devido às fortes chuvas registradas desde o fim de 2021, que aumentaram o nível dos rios na região. O objetivo é monitorar a estrutura física e o funcionamento da barragem. Além de Algodões II, outras 14 barragens também passarão por vistoria técnica.
Em entrevista à TV Clube na quarta-feira (12), o prefeito de Curimatá, Valdecir Júnior (Progressistas), relatou preocupação com o funcionamento da comporta de Algodões II, que funciona de forma manual desde 2016, quando equipamentos da casa de comando foram furtados.
Imagens registradas pela prefeitura mostram o nível da água na barragem. Valdecir Júnior disse que se preocupa que durante o período chuvoso possa acontecer um aumento do nível e haver algum problema na abertura da comporta.
“Estamos recebendo um volume muito grande de água. Dentro de 5 dias o nível subiu 5%. De domingo para segunda, caíram 130 mm. As comportas estavam sendo abertas e fechadas manualmente, mas com o volume de água, os operadores sentem dificuldade”, completou o prefeito.
Contudo, o IDEPI afirmou que Algodões II opera atualmente com menos de 50% da capacidade e não há tanta necessidade movimentação da comporta. “O reservatório segue operando de forma segura e nem mesmo sangrou até o momento”, afirmou o diretor de engenharia do órgão, Antônio Marcos Lima.
O IDEPI comunicou que a substituição dos equipamentos já estava prevista em um projeto de manutenção da barragem, que está em fase final de elaboração e deve ser licitado ainda no primeiro trimestre deste ano.
“Esses equipamentos permitem a operacionalização da comporta, ou seja, a abertura e o fechamento dela de forma automática. Já estava previsto para que eles fossem substituídos e essas são manutenções simples, que não comprometem a operacionalização da barragem”, explicou Antônio Marcos Lima.
Vereda da Cruz
O prefeito de Curimatá também demonstrou preocupação com a situação da barragem de Vereda da Cruz. Segundo o gestor, o reservatório está com capacidade máxima e aguardando a chegada de água de outras barragens.
Valdecir Júnior relatou que a água está situada a menos de 100 metros de uma das principais avenidas da cidade e acredita que se continuar chovendo a agua pode invadir a via.
Fora de perigo
Antônio Marcos Lima afirmou que o IDEPI fiscaliza 15 barragens de forma contínua, com uma equipe especializada de engenheiros e que, até o momento, nenhum risco foi constatado, “de modo que as barragens seguem operando de modo satisfatório”.
“Durante essas inspeções, quando há necessidade de manutenções preventivas ou corretivas, nós já encaminhamos essas demandas para que os trabalhos sejam executados”, disse o diretor.
Atualmente, apenas a Barragem do Bezerro, em José de Freitas, segue com trabalhos de reparo e manutenção sendo executados. A obra está em fase final e é de responsabilidade da Secretaria Estadual de Defesa Civil.
O órgão informou que a secretaria também deve executar os reparos necessários na Barragem Emparedado, em Campo Maior. Há previsão ainda que a Barragem de Pedra Redonda, em Conceição do Canindé, seja recuperada em 2022.
A obra será custeada por um convênio firmado entre o Governo do Estado e o Ministério do Desenvolvimento Regional. O projeto está em fase final de elaboração e tem recursos garantidos no valor de R$ 11 milhões.
Chuvas em Curimatá
O prefeito de Curimatá decretou situação de emergência no município devido às fortes chuvas que atingiram a região e deixaram várias famílias desabrigadas. Segundo Valdecir Júnior, a Defesa Civil orientou que ele decretasse situação de emergência na cidade, para que sejam adotadas medidas mais urgentes no atendimento dos desabrigados.
O prefeito afirmou que cerca de 55 famílias foram afetadas pelas chuvas. “Vinte e sete que já saíram por conta própria de suas residências para outros lares e outras vinte famílias da Zona Urbana estão sendo acompanhadas pela assistência social”, afirmou.
Algumas famílias estão recebendo auxílio mensal no valor de R$ 300 reais para ajudar a custear o aluguel. “Temos 8 famílias da zona rural, principalmente na região dos Espinhos, que tiveram suas casas alagadas, que já saíram da suas residências e que receberam apoio da prefeitura”, disse Valdecir Júnior.
Fonte: G1 Piauí | Foto: Divulgação/IDEPI
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