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Policiais penais exigem resposta do governo e ameaçam paralisação no Piauí
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Os policiais penais decidiram nesta quinta-feira (24) que o Governo do Piauí tem até o dia 10 de março deste ano para atender as pautas da categoria, antes que seja deflagrada a “Operação Policiais Penais são Essenciais”, prevista para o dia 14 de março, que deve realizar uma paralisação das atividades no estado.
O presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários (Sinpoljuspi), Vilobaldo Carvalho, informou que há meses a categoria conversa com o governo e que está impaciente com a falta de uma resposta.
Entre as reivindicações a categoria quer a regulamentação da polícia penal, reestruturação da carreira e mudança da atual nomenclatura de agente penitenciário para policial penal, reajuste no auxílio alimentação e da taxa de insalubridade. A categoria disse que sofre há vários anos com a defasagem salarial, baixo efetivo, superlotação carcerária, excesso de atividades e uma carreira que não oferece perspectiva para o servidor.
“Não podemos dizer que falta diálogo, porque temos sim conversado, mas estamos nisso há muito tempo. Estamos impacientes com essa conversa que não chega a lugar nenhum. Nós somos servidores considerados essenciais, não paramos na pandemia, mas não somos valorizados. Já poderíamos ter iniciado uma paralisação, mas decidimos dar mais um tempo para o governo”, afirmou o presidente Vilobaldo.
Na Assembleia de hoje os agentes decidiram que se até o dia 10 de março o governo não atender as demandas, a partir do dia 14 de março será iniciada a “Operação Policiais Penais são Essenciais”, que deve contar com a paralisação dos agentes.
“O governo precisa apresentar uma proposta concreta objetivando atender as reivindicações da categoria. Estamos chegando perto do período eleitoral, e depois do dia 1º de abril, o governo não pode encaminhar nada que resulte qualquer ganho financeiro para qualquer categoria, então não adianta chegar nesse tempo e dizer que não deu tempo”, destacou.
Vilobaldo Carvalho explicou que a paralisação vai poder ser realizada sem a necessidade de uma nova assembleia.
“Eles têm até o dia 10 de março. Depois disso, não vamos precisar nem fazer uma nova assembleia, porque os agentes já queriam paralisar. Se não resolver, é fazer a paralisação, o governo sabe as condições em que trabalhamos. Depois do dia 10 vamos poder definir todas as ações que vamos realizar com o início da Operação Policiais Penais são Essenciais”, destacou.
O presidente do Sinpoljuspi afirmou que a categoria merece ter as suas propostas atendidas.
“O penal trabalha de forma exaustiva. Tem unidades que deveriam ter 30 agentes, mas só tem 13. Para deslocar de 10 a 15 presos, eles colocam apenas dois policiais penais, então os agentes trabalham de forma exaustiva e excessiva. É uma profissão desgastante, que merece ser valorizada”, afirmou.
O Cidadeverde.com entrou em contato com a Secretaria de Justiça, que ficou de enviar um posicionamento, o que não aconteceu até o fechamento dessa matéria.
Fonte: Cidade Verde | Foto: Ascom/Sejus
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