POLÍCIA
DHPP investiga se PM teve excesso culposo ao reagir a assalto que matou criança de 6 anos no Piauí
A Polícia Civil investiga se o policial militar agiu em legítima defesa de terceiro ou com excesso culposo ao reagir a assalto em Teresina, que resultou na morte de Débora Vitória, 6 anos. Segundo o coordenador do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), delegado Francisco Costa, o Barêtta, será feito exame balístico para confirmar de onde partiu os tiros que atingiram a mãe e filha.
“Imediatamente tivemos conhecimento desse roubo seguido de morte. Foi feito todo o levantamento sobre a morte da criança e depois surgiu essa dúvida se o projétil veio da arma de um policial, que interveio em defesa das duas, ou do assaltante. A mãe afirmou que o bandido não atirou na menina, mas atirou nela. Quando você está sofrendo um assalto, fica em estado de estresse muito grande. É preciso que a polícia tenha cautela ao investigar”, declarou.
Além de ouvir a vítima, do PM e de testemunhas, estão sendo realizadas perícias com exame de local de crime e confronto balístico com exame de microcomparação.
Policial é intimado
O policial militar, não identificado, foi ouvido pela tarde da segunda-feira (14) no DHPP. Em um depoimento longo, segundo o delegado Barêtta, o PM confirmou que estava no momento do assalto. A arma do militar foi apreendida para exame pericial.
O diretor de Inteligência da Polícia Militar, Galvão Jackson, o caso segue como crime comum e investigado pelo DHPP.
“Estamos aguardando o exame balístico. A Corregedoria da PM está acompanhando”, disse.
Entenda o caso
A manicure Dayane Gomes e sua filha Débora Vitória, de seis anos, foram atingidas por disparos de arma de fogo durante um assalto. De acordo com Dayane, um policial que estaria bebendo em um bar próximo ao local reagiu ao assalto e o tiro que atingiu a criança teria partido do PM.
Débora Vitória foi atingida no abdômen e faleceu na última sexta-feira (11), no bairro Ilhotas, Zona Sul de Teresina.
O suspeito de assalto foi preso horas depois, pela Polícia Militar. Trata-se de Clemilson da Conceição Rodrigues, de 29 anos, nascido em Santa Inês, no Maranhão, e conhecido na região como Morcego. Segundo o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), ele respondia por diversos crimes violentos: feminicídio, assalto, tráfico de drogas e porte ilegal de arma de fogo.
Ainda segundo o DHPP, Clemilson deveria estar usando uma tornozeleira eletrônica, mas o equipamento foi rompido.
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