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PMDB e PP sinalizam rompimento com o PT no Piauí
A relação entre o Governo do Estado e partidos como PMDB e PP, grandes aliados do PT Estadual ficou mais estremecida ainda após as eleições municipais. Inimigos ferrenhos no âmbito nacional, depois que os dois partidos se uniram para derrubar a ex-presidente Dilma Rousseff (PT), no Piauí, os últimos laços de amizade que existia parece que de fato rompeu.
Os dois mandatários, Ciro Nogueira (PP) e Themístocles Filho (PMDB) ainda não conseguiram engolir as derrotas em dois municípios: Esperantina e Picos.
Em Esperantina a briga era pessoal. O irmão do deputado Themístocles, o suplente de deputado federal Marllos Sampaio (PMDB) amargou uma derrota mediante a atual prefeita Wilma Amorim (PT). Apoiada pelo governador Wellington Dias (PT) Wilma realizou uma série de intervenções na cidade nas últimas semanas, o que foi considerado um “tiro nas costas” do peemedebista. O governador é acusado de usar a máquina em favor da petista.
Themístocles trabalhou incessantemente para eleger o irmão, mas não deu Foto: Reprodução
Themístocles está ferido. Responsável pela aprovação de vários projetos de interesse do Governo na Assembleia, o presidente da Casa demonstrou revolta através de seus interlocutores. O deputado estadual João Mádison (PMDB) disse em entrevista que “faltou respeito com Themístocles” e que o governador teria “jogado duro com os correligionários”.
O governador nega que tenha favorecido a prefeita em detrimento de Marllos Sampaio. Na sessão desta quarta-feira (05) o deputado estadual Robert Rios (PDT) sugeriu inclusive a abertura de uma CPI para investigar o uso da máquina estadual em alguns municípios. Ele denominou como “CPI do Asfalto”.
Em Picos a briga foi contra o senador Ciro Nogueira (PP) o maior financiador da campanha milionária e desastrosa de Gil Paraibano (PP).
Na cidade modelo o atual prefeito Padre Walmir (PT) conseguiu se reeleger com uma pequena margem de votos. Ciro esteve presente na cidade oito vezes durante a campanha de Gil. Era a única cidade onde o senador apostou todas suas fichas e contava como certa a vitória.
Ciro Nogueira foi quem organizou toda a campanha de Gil Paraibano. Foi derrotado Foto: Reprodução
A situação foi a mesma. Apesar de Wellington Dias não ter participado da campanha do petista na cidade, os progressistas o acusam de ter ajudado com apoio da máquina estadual. No entanto, o governador nega.
Ciro se sentiu traído juntamente com Gil devido o fato de na última eleição para governador, Gil ter dado total apoio ao petista. Junto com ele, outros prefeitos das cidades no entorno de Picos fecharam apoio à Wellington. À época, pessoas ligadas ao Padre Walmir não apoiaram o petista, enquanto o PP se doou por inteiro.
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