POLÍTICA
Governo tenta negociar pagamento para evitar paralisação do Estado
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Todos os secretários e os dirigentes de órgãos do Estado foram convocados para uma reunião na segunda (20) com um relatório sobre atraso no pagamento de obras, fornecedores e empresas terceirizadas. A determinação do governador Zé Filho (PMDB) é pagar o que for possível, com ações monitoradas pela equipe econômica do Estado. O atraso no pagamento é de três meses. Somente com servidores terceirizados o valor é de R$ 24 milhões, sendo que este pessoal custa R$ 8 milhões por mês, segundo informações da Secretaria de Fazenda. Os servidores terceirizados, que são 17 mil pessoas, por falta de pagamento, ameaçam parar alguns setores do Estado.
O acompanhamento e avaliação das medidas do pacote econômica anunciado pelo governador ficaram a cargo da equipe de gestão econômica formada pelos secretários Raimundo Neto de Carvalho (Fazenda), João Henrique Sousa (Administração), Freitas Neto (Governo), Eleonora Sampaio (Planejamento), Darcy Siqueira (CGE) e Kildere Ronne (PGE). São estes que darão o parecer na negociação do pagamento dos contratos em atraso.
Na reunião de segunda, o gestor de cada pasta deve informar a quantidade de terceirizados, os valores em atraso, o atraso no pagamento de fornecedores e se existem obras, e quais, que foram paralisadas ou estão em ritmo lento devido a falta de pagamento. Os empresários reclamam 90 dias sem receber um centavo do Estado, por isso, paralisaram as obras, por falta de condições financeiras de continuar o serviço.
A determinação do governador Zé Filho é buscar a solução do impasse para os valores em atraso. O governo confirmou os atrasos e o secretário de Fazenda, Raimundo Neto de Carvalho, informou que está sendo preparado um cronograma para o pagamento de terceirizados, fornecedores e empreiteiras. Primeiramente, dos servidores terceirizados, que, segundo a reclamação feita no TCE-PI, são cerca de 17 mil pessoas.
Na terça (14) alguns representantes das empresas que prestam serviço para o Estado procuraram os conselheiros do Tribunal de Contas, reclamando que algumas empresas estão há seis meses sem receber repasse. Eles pediram o bloqueio das contas do Estado para o pagamento compulsório deste pessoal.
O impasse está causando a paralisação de alguns serviços e o funcionamento administrativo do Estado. Os servidores terceirizados dizem que não tem dinheiro sequer para o transporte, para irem ao trabalho. Segundo comentários de servidores que pediram reserva do nome para evitar retaliações, em vários órgãos está faltando café, copos descartáveis, os telefones estão cortados e não tem sequer papel higiênico.
Nesta semana, alguns terceirizados paralisaram as atividades na Agespisa e no Detran em protesto contra os atrasos. Os empregados de outros órgãos também ameaçam aderir às paralisações.
Fonte: Portal AZ
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