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Forro do teto do Hospital Infantil Lucídio Portela corre risco de desabar, diz MP
O forro do teto preste a cair, enfermarias cheias de mofo, crianças internadas em salas sem climatização. Esta é a realidade que o Ministério Público do Piauí e os conselhos regionais de farmácia e enfermagem encontraram durante uma inspeção no Hospital Infantil Lucídio Portella (HILP), localizado no Centro de Teresina.
Segundo o promotor de justiça Eny Pontes, crianças e os acompanhantes dos pacientes estão correndo risco grande, porque a estrutural do local está comprometida.
“O Hospital Lúcido Portela tem uma estrutura antiga. Ela está totalmente comprometida no que diz respeito à segurança dos pacientes e dos profissionais que trabalham no local. Os pacientes são crianças e elas devem ser tratadas com prioridade. Tem uma parte de forro de gesso que está preste a cair na cabeça das crianças e dos acompanhantes. Sem falar no mofo do local, porque as crianças já chegam no hospital com problemas de saúde e podem sair de lá com outros problemas. Isso já foi recomendando extrajudicialmente no ato da vistoria”, comentou.
Durante a vistoria também foram constatadas a falta condições de higiene, falta condições de climatização. O promotor informou que as enfermarias quase todas não possuem climatização e, por isso, as crianças estão sofrendo com calor excesso. “Sem falar na organização de trabalho. Existe uma desorganização, falta inclusive papel para uma prescrição médica”, disse.
A equipe que realizou a vistoria solicitou providências ao diretor do Hospital Infantil e ao secretário estadual de saúde, Florentino Neto.
Além do Hospital Lúcido Portela, a equipe voltou a vistoriar a maternidade Dona Evangelina Rosa que está parcialmente interditada. Desde novembro, o Conselho Regional de Medicina do Piauí (CRM-PI) realizou uma interdição ética parcial na unidade. Os médicos deixarão de receber casos de baixa e média complexidade e passaram a atender apenas os casos de alta complexidade.
O promotor de justiça Eny Pontes contou que ainda existem problemas na unidade de saúde e por isso, o Ministério Público Federal e juntamente com estadual solicitaram o afastamento do diretor da unidade de saúde.
“Retornarmos o trabalho de fiscalização para ver se os compromissos pelo secretário de saúde Florentino tinham sido cumpridos e poucos itens firmados na audiência foram cumpridos, pois continua o atraso do pagamento dos terceirizados, atraso de pagamentos dos plantões, continua com sistema de limpeza deficiente, continuar com as UTIs faltando medicamentos, em suma é uma insegurança para toda a população que depende da maternidade”, destacou.
Após a vistoria, o promotor de Justiça estudará as medidas administrativas e/ou judiciais que serão tomadas para assegurar a prestação do serviço de saúde de qualidade, com observância da legislação.
Fonte: G1 Piauí
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