POLÍTICA
Rodrigo assume articulação e vem ao Piauí por Previdência
presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ) assumiu de vez o protagonismo no esforço de aprovação da reforma da Previdência. Na tarde desta terça-feira, Rodrigo se reuniu com o ministro da Economia, Paulo Guedes, quando os dois acertaram estratégias para a aprovação da matéria, que exige quórum qualificado no Congresso: em duas votações em cada casa, a proposta precisa do apoio de 60% dos parlamentares.
Em sua campanha por mais um mandato na Câmara, Rodrigo defendeu o diálogo entre todas as correntes. E acha que esse diálogo é especialmente fundamental no caso da reforma da Previdência, onde quer o envolvimento direto dos governadores. Nesse esforço, anunciou que vai conversar com os mandatários dos estados. Na agenda, está viagem a vários estados, entre eles o Piauí. Vem conversar com Wellington Dias, na intenção de ter mais e mais petistas na trincheira da proposta.
Logo após vencer a eleição, Rodrigo defendeu um pacto que leve à construção de um texto de interesse comum. Foi muito enfático quanto à necessidade dos governadores serem ouvidos. Agora, diante do ministro Paulo Guedes, anuncia uma peregrinação por diversos estados. Na prática, assumiu o papel de articulador político do governo, pelo menos no que diz respeito à reforma da Previdência.
Ou, em resumo: a reforma é coisa de Rodrigo e Paulo Guedes, o que significa um chega prá lá em Onyx Lorenzone (PFL-RS), o ministro da Casa Civil que perde espaços a olhos vistos.
Onyx deixa de ser superministro
Quando a eleição terminou, havia poucos lugares certos na equipe de Jair Bolsonaro. Havia especialmente duas certezas, em dois nomes apontados como superministros: Paulo Guedes e Onyx Lorenzone. Logo em seguida chegaria um terceiro, o ministro da Justiça, Sérgio Moro. Guedes e Moro seguem com o status de superministro, mas Lorenzone vai perdendo fôlego. E não é de hoje.
O ministro da Casa Civil viu seu poder dividido ainda em dezembro, quando Bolsonaro anunciou dois outros ministros com poder de articulação: Gustavo Bebiano e o general Cruz. A eleição para o comando da Câmara e do Senado se encarregou de desinflar mais ainda Lorenzone. Ele consegiu emplacar o presidente do Senado, mas deixa sequelas. E a eleição de Rodrigo cria um contraponto na articulação política.
Pelo menos no caso da Previdência, o apito da articulação é de Rodrigo. Esse apito, Lorenzone não apita.
Fonte: Cidade Verde
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