POLÍTICA
PDT suspende Flávio Nogueira e mais sete deputados por apoiarem reforma da previdência
O deputado federal Flávio Nogueira e outros sete parlamentares do PDT foram suspensos do partido por terem votado a favor da reforma da Previdência no 1º turno de votação da proposta na Câmara. Eles responderão processo administrativo na Comissão de Ética da sigla.
O presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, explicou que a suspensão significa que os punidos não poderão representar a agremiação nas direções estaduais e nacional, no Congresso e também não poderão usar a legenda.
A Executiva Nacional do partido se reuniu nesta quarta, 17, para debater os votos contrários à orientação do PDT, que havia fechado questão contra a reforma. “Por decisão da maioria, os deputados também estão com suas representações partidárias suspensas até que o processo seja concluído – o que pode demorar até 60 dias”, informou a sigla.
Prazo
O processo deve durar de 45 a 60 dias. Umas das punições possíveis é a expulsão do partido, mas os deputados também podem sofrer sanções mais brandas, como advertência.
De acordo com o presidente nacional da legenda, a decisão do Diretório Nacional é soberana e representa todas as instâncias partidárias. “O diretório nacional decidiu. Temos uma proposta paralela que Ciro (Gomes, candidato do partido à Presidência em 2018) está nos ajudando a levar a todos os cantos do Brasil e que achamos que seja uma reforma justa. Todos tiveram todas as instâncias partidárias para discutir, apresentar propostas”.
A Comissão de Ética do partido, que conta com cinco membros permanentes e mais três suplentes, inicia nesta quarta o processo disciplinar e garante que todos terão amplo espaço de defesa. Depois, um relatório será encaminhado à Executiva Nacional da legenda, que por sua vez, levará ao pleno do Diretório Nacional.
Lista dos punidos
Os oito deputados punidos são os seguintes: Flávio Nogueira (PI), Tábata Amaral (SP), Alex Santana (BA), Subtenente Gonzaga (MG), Silvia Cristina (RO), Marlon Santos (RS), Jesus Sérgio (AC), Gil Cutrim (MA).
Estatuto
O estatuto do PDT destaca que a pena de expulsão pode ser aplicada a filiados no caso de desrespeito à legítima deliberação ou diretriz adotada pelo partido. Em março, o PDT havia fechado questão contra a reforma da Previdência.
Nova chance
Carlos Lupi antecipou que pode haver uma mudança nas deliberações atuais, caso os deputados voltem atrás na votação do segundo turno da proposta, prevista para agosto.
“Como o processo não está esgotado, tem o segundo turno, e nós acreditamos que o ser humano é o único ser vivo capaz de evoluir, quem sabe alguns evoluem, ouçam o que está se fazendo de maldade com a base da sociedade que ganha até R$ 3 mil, R$ 2,5 mil, voltem atrás e voltem para o partido. É claro que a situação de qualquer um dos oito que voltar atrás nessa posição equivocada inicialmente será considerada como uma forte opção pelo partido”, afirmou o presidente do PDT.
Fonte: GP1
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