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PICOS | Mulher cai em vala da Agespisa e sofre traumatismo na coluna
Uma mulher identificada por Remédios, 56 anos, moradora do Conjunto Habitacional Petrônio Portela, sofreu um grave acidente na última terça-feira (13), por volta das 05h30, quando caiu de cabeça dentro de uma vala.
De acordo com informações dos moradores do bairro, no referido local do acidente, há vários anos, existem três valas que foram abertas pela Agespisa, as quais deságuam em um lago próximo. Contudo, elas deveriam ser fechadas, como grades, por exemplo, mas não foram, ficando, assim, com o buraco aberto.
Segundo o dentista Paulo Leal, amigo próximo da família da vítima, há muitos anos a vala foi aberta e, por mais que tenham procurado a empresa responsável pela mesma, nunca obtiveram retorno.
“Já estamos com essas valas abertas há um bom tempo. Infelizmente aconteceu esse acidente. A Remédios, que é nossa vizinha, como se fosse parente, estava caminhando, próximo às seis da manhã, quando caiu “de cabeça adentro”, tendo traumatismo de coluna e sido levada, com urgência, para Teresina. Já contatamos a Agespisa, que sempre disse que mandaria alguém para cá, mas não manda. Está com mais ou menos um mês que um morador liga, manda recado para virem, mas eles não vêm. A Agespisa é hoje a principal responsável pelos atentados contra a vida das pessoas aqui da Cohab. Como vimos aí, a pessoa caiu, sofreu um traumatismo e corre até risco de não andar mais”, afirmou.
Em uma das valas, por ser a mais funda, os moradores colocaram um toco de árvore para evitar acidentes. “Tivemos que sinalizar, colocar um pau em uma delas, porque se não a gente fica à mercê da sorte, ou da falta dela”, disse.
A moradora Irene Ferreira relatou que acordou às 04h00 para participar de uma homenagem a seu irmão, um dia após seu falecimento. Ela disse que quando entrou na rua onde aconteceu o acidente, viu apenas uma blusa branca desaparecendo dentro de um buraco.
“Quando eu pisei na pista, vi só aquela coisa, uma blusa branca já caindo, virando pra dentro [do buraco]. E eu saí correndo, gritando, pensando que era minha filha, minha mãe, ou uma mulher que dorme aqui com uma senhora idosa, e mesmo com problema de saúde eu consegui correr. Como era cedo, e não tinha ninguém na rua, comecei a gritar. Minha irmã escutou e mandou meu irmão vir porque achavam que eu estava chorando por lembrar de meu irmão que havia falecido. Um soldado do Exército ia passando e dei as mãos para ele, pedindo socorro. Ela me dava a mão, mas eu não podia pegá-la. Então o soldado e um senhor a puxaram, conseguiram tirar, mas ela já estava quase sem fôlego, sem oxigênio. Já colocamos várias vezes troncos aqui, mas alguém vem e tira. Porque se depender a Agespisa… já estamos com mais de 10 anos assim. Então pedimos que a Agespisa resolva isso logo, antes que aconteça algo pior, porque ela poderia ter perdido a vida, assim como pode acontecer com outra pessoa”, relatou.
O diretor regional da Agespisa, Chagas Sobrinho, disse, por telefone, ao Cidadesnanet, que não tem conhecimento do problema, mas que vai apurar para saber se a responsabilidade é, de fato, da empresa.
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