No Piauí, a diminuição se deu basicamente por chuvas acima da média no Norte e Sudeste do Estado, com o registro de precipitações de até 300 mm. Já na região central as chuvas variaram de 50 a 200 mm, volume que não foi suficiente para alterar o quadro de seca que vem há vários meses. Nesse sentido, verificou-se uma redução da intensidade da seca na fronteira com Pernambuco. Redução mais intensa encontrou-se nas proximidades com a fronteira do Maranhão.
Essa diferença pode ser vista no mapa abaixo, onde se faz a comparação da situação em dezembro e janeiro: a faixa marrom (seca grave) do mês de dezembro alcança a região de Floriano, mas em janeiro recua e se mantém sobre a região de Valença e Pimenteiras. A faixa marrom também recua na área norte da fronteira com Pernambuco. De qualquer forma, o monitoramento feito pela ANA mostra que o Piauí segue seriamente afetado pela seca, deixando de fora dessa realidade apenas a faixa norte do estado (que aparece na cor branca, segundo o mapa da Agência).
Vale notar que esses dados são relativos ao mês de janeiro, que já deveria ser um mês sem grandes áreas em seca.
Mudanças no centro-norte de Minas
O relatório do Monitor de Secas aponta poucas mudanças no Piauí e na maior parte dos estados. Aqui, por exemplo, a região mais importante do cerrado segue com uma “seca moderada”. Quando se compara o quadro atual com a realidade de dezembro passado, as mudanças mais significativas estão no norte do Maranhão, Piauí e Ceará – com crescimento da área sem seca. Mas são os estados de Minas Gerais e Espírito Santo os que podem festejar com alguma euforia o novo relatório.
No caso de Minas, há uma forte expansão da área sem seca (no mapa, na cor branca), com algo semelhante acontecendo no Espírito Santo. Aliás, são esses dois estados (mais Maranhão e Tocantins) os que apresentaram maior elevação nas precipitações, em relação à média histórica. Em Minas e Maranhão, em janeiro, as chuvas passaram de 400 mm. A expectativa agora é em relação às chuvas dos próximos meses. A pergunta é se elas serão suficientes para formar reservatórios que garantam água até o próximo ciclo chuvoso.
Fonte: Cidade Verde