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Em protesto, mulheres pedem políticas públicas e que a nova geração rejeite a cultura da violência
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Barrar a violência contra a mulher deve ser com ações dentro de casa, na escola e em todos os ambientes. Com esse alerta um grupo de mulheres foram as ruas de Teresina, neste 08 de março, pedindo políticas públicas, advertindo contra o feminicídio e chamando atenção da nova geração sobre a cultura da violência doméstica.
O ato aconteceu na praça do Fripisa, no Centro de Teresina. Distribuindo placas de rua em homenagem a Marielle Franco, que foi rasgada por bolsonaristas, com cartazes e lembrando de mulheres que foram mortas, elas fizeram caminhada até a praça Rio Branco. Representantes da Articulação de Mulheres Brasileira, seccional Piauí, apresentaram uma peça criticando a Câmara Federal sobre a discussão do orçamento público e Arthur Lira (PP/AP), presidente da Câmara.
“O orçamento está sendo sequestrado pela lei das emendas impositivas criada no governo Bolsonaro e nós mulheres é quem perde, porque são menos recursos para a saúde, assistência social, educação e o dinheiro é para comprar votos. Que tenhamos mais recursos para as políticas públicas em defesa das mulheres”, disse Patrícia Castro, da AMB.
Ana Célia Santos, da Frente Popular de Mulheres contra o Feminicídio, destacou que hoje é um dia de luta, em busca pelo respeito, e pra dizer que estamos vivas e existimos.
“Precisamos de políticas públicas, de respeito aos nossos direitos e principalmente para denunciar todas as formas de violência. Que eduquem as novas gerações com a cultura da não violência e de igualdade de direitos”.
Halda Regina, do Instituto de Mulheres Negras do Piauí, destacou que 8 de março é um dia construído por todas as mulheres no mundo.
“É um dia que as mulheres negras param para refletir. Se para uma mulher é muito difícil, ser uma mulher negra é mais difícil ainda. A violência triplica, aumentado cada vez mais, os abusos e os assédios”, disse.
Para denunciar os agressores, as mulheres dispõem de uma série de canais no Piauí. Confira:
190 – Polícia Militar
180 – Central de Atendimento à Mulher
0800-000-1673 – Whatsapp “Ei mermã não se cale”
Aplicativo Salve Maria – disponível para Android e IOS
(86) 99414-8857 – Patrulha Maria da Penha
As denúncias de agressão podem ser feitas, presencialmente, numa delegacia, ou via on-line, no site da Delegacia Virtual
Madalena Nunes, da Frente Popular de Mulheres contra o Feminicídio, ressaltou que a violência contra a mulher tem aumentado e o Estado precisa adotar políticas públicas mais consistentes.
“Sabemos que as ações ainda deixam muito a desejar, as delegacias não têm atendimento adequado, muitas mulheres desistem, e que há muitas subnotificações. Tem muito mais mulheres em situação de violência, existem muitos feminicídios que não são considerados feminicídios e precisamos barrar. O Estado precisa garantir os direitos das mulheres, desestruturando o machismo e adotando políticas que tragam a luta feminista para que de fato possa barrar essa situação de violência”.
Fonte: Cidade Verde
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