“Ousadia e falta de respeito”, diz Barêtta sobre assassinato de adolescente em escola

O assassinato de Marcos Vinicius da Costa Barros, de 17 anos, no pátio do Centro de Educação de Tempo Integral Antônio Tarciso Pereira e Silva, na Vila Santa Bárbara, região do Vale Quem Tem, chocou a comunidade escolar e os moradores da área. Até as autoridades policias se disseram surpresas com a atitude dos criminosos. Em entrevista à O Dia TV o delegado Francisco Costa, o Barêtta, comentou sobre o crime.

“Esse é um crime que chama muita atenção pela ousadia e pela falta de respeito desses marginais ao adentrar uma escola e matar um aluno dentro da escola, que no Piauí nós não admitimos isso de maneira nenhuma, esses indivíduos serão presos, custe o que custar, agora eles é quem vão decidir como é que querem ser presos”, disse.

Assis Fernandes/ O DIA – Delegado Francisco Costa, o Barêtta.

Segundo Barêtta, a Polícia Civil está investigando o caso e já tem o conhecimento de quem seriam os autores do assassinato. “Temos já alguns nomes, mas a polícia ela tem que investigar. Então a polícia e a justiça não vivem de suposição, e sim de prova. Portanto, eu já chamei pela manhã cedo o delegado Divanilson, com sua equipe, que é o responsável pela investigação da área, e que inclusive já saiu a campo e recomendei que temos que dar uma resposta o mais rápido possível”, afirmou.Reprodução/Google Maps

A Polícia Civil não deu detalhes de qual linha de investigação sobre as motivações do homicídio seria a mais provável. Porém a reportagem de O DIA ouviu de vizinhos do estudante que ele pode ter sido morto por estudar em uma escola que fica num bairro dominado por uma facção rival à do bairro onde morava. Ele teria ido estudar em outro bairro porque não teria escola disponível no Arvores Verdes.

O crime está sendo investigado pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa em Teresina da zona leste da capital (DHPP Leste). As primeiras informações são de que a vítima não tinha envolvimento com delitos.

Entenda o crime

Segundo relatos de testemunhas, o estudante percebeu o movimento dos suspeitos fora da escola e teria pedido proteção para a direção da escola. “Dois indivíduos entrados pelo portão lateral da escola. Ele estava no colégio, conversando com dois colegas, ele foi até o portão, voltou. O vigia disse que os bandidos entraram pelo portão lateral e que tinha saído dois veículos naquele momento. Ele fechou o portão, mas tinha esquecido de colocar o cadeado”, detalhou Barêtta.

Foram pelo menos seis tiros disparados e cinco atingiram a vítima. Os criminosos fugiram logo em seguida no sentido do bairro Planalto Uruguai. Segundo o subtenente Ivan, os dois entraram na escola de capacete, o que dificultou a identificação pelas câmeras de segurança. Policiais do 5º BPM e do RONE estiveram no CETI Antônio Tarciso e conversaram com a direção e testemunhas. A polícia já está de pose das descrições físicas dos suspeitos.

Fonte: O Dia