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Detento da Cadeia Pública de Altos internado com infecção foge pela janela de banheiro do HGV

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Um detento identificado como Ronald Lucas Vogdo dos Santos, 19 anos, fugiu na tarde desse sábado (30) pela janela do banheiro do Hospital Getúlio Vargas (HGV), em Teresina. Ele é um dos 26 internos da Cadeia Pública de Altos, que foram internados com infecção grave, ainda não identificada, que é a possível causa da morte de seis internos da unidade penal.

Ao G1, a Secretaria de Justiça do Piauí (Sejus) confirmou fuga e que o detento Ronald Lucas Vogado dos Santos estava internado no hospital após apresentar sintomas de insuficiência renal. “Equipes da Sejus seguem em diligência para a recaptura do indivíduo. Atualmente, 25 detentos seguem internados, sendo que sete já tiveram alta hospitalar”, informou em nota.

Segundo o diretor do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Piauí (Sinpoljuspi), Jefferson Dias, a fuga aconteceu quando Ronald e outro detento estavam no banheiro. Eles fugiram pelo basculante e pulando do primeiro andar, mas o companheiro de quarto foi recapturado pelos policiais.

“Todos os detentos internados em outras unidades de saúde de Teresina foram transferidos para o HGV e ficaram sob a guarda de dois agentes, o que não é suficiente”, destacou Jefferson Dias.

Conforme o sindicato, Ronald estava preso desde novembro de 2019 acusado de roubo majorado e receptação.

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Presos recebem alta

Suspeito de ferir namorada e matar amiga atropelada foi transferido para a Cadeia Pública de Altos — Foto: Francisco Leal/Ccom

Suspeito de ferir namorada e matar amiga atropelada foi transferido para a Cadeia Pública de Altos — Foto: Francisco Leal/Ccom

Na sexta-feira (29), cinco detentos da Cadeia Pública de Altos (CPA) que estavam internados em hospitais de Teresina tiveram alta médica, de acordo com a Secretaria de Justiça do Piauí (Sejus). Além dos presos que estão sendo tratados em hospitais da capital, o órgão também tem atendido alguns em uma enfermaria instalada na cadeia.

No local, médicos e enfermeiros atendem detentos com sintomas relacionados à infecção. O secretário de Justiça, Carlos Edilson, disse reconhecer que a situação na CPA é grave e que tem se esforçado para resolver o problema.

A suspeita é que a doença tenha sido causada pela água da unidade prisional, por isso o sistema hidráulico da cadeia recebeu uma limpeza. A Defensoria Pública do Piauí (DPE) defende a soltura ou prisão domiciliar de presos enquanto o problema é resolvido.

A Justiça determinou uma vistoria no local para tentar descobrir o que teria causado o adoecimento de tantos detentos. Os primeiros detentos começaram a adoecer no início do mês e a Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi) chegou a testá-los para Covid-19, por medida de segurança, mas os resultados foram negativos.

Situação preocupa familiares

Familiares de presos da Cadeia Pública de Altos fazem protesto diante do Tribunal de Justiça, em Teresina (PI) — Foto: Murilo Lucena/ TV Clube

Familiares de presos da Cadeia Pública de Altos fazem protesto diante do Tribunal de Justiça, em Teresina (PI) — Foto: Murilo Lucena/ TV Clube

Familiares relatam preocupação com os presos da CPA. Cerca de cinquenta pessoas fizeram um protesto diante do prédio do Tribunal de Justiça do Piauí (TJ-PI), em Teresina, pedindo respostas sobre as mortes e a situação dos presos com infecção.

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Os manifestantes exibiram cartazes pedindo pela interdição da cadeia e pela ajuda de juízes e promotores. Os familiares também afirmam que recebem denúncias dos detentos de que alguns presos estariam sendo torturados dentro da penitenciária.

Familiares de presos da Cadeia Pública de Altos fazem protesto diante do Tribunal de Justiça, em Teresina (PI) — Foto: Murilo Lucena/ TV Clube

Familiares de presos da Cadeia Pública de Altos fazem protesto diante do Tribunal de Justiça, em Teresina (PI) — Foto: Murilo Lucena/ TV Clube

A Defensoria Pública do Estado (DPE) solicitou um Habeas Corpus Coletivo, pedindo, em favor de todos os presos da unidade, que prisões cautelares e/ou definitivas sejam substituídas por prisão domiciliar, cumulada com monitoramento eletrônico ou outras medidas cautelares.

Mas o desembargador Edvaldo Moura, do TJ-PI, declarou que só vai avaliar o pedido depois que o juiz de direito da 2ª Vara Criminal da Comarca de Teresina, o secretário de Justiça do Estado do Piauí e o diretor da Cadeia Pública de Altos prestarem informações sobre a situação.

O desembargador deu um prazo de 24 horas, a partir da notificação das partes, para que as informações fossem enviadas. Até a tarde dessa quinta-feira (28), a Sejus afirmou que ainda não havia sido oficialmente notificada. A previsão é que o Habeas Corpus Coletivo seja julgado até a segunda-feira (1).

Fonte: G1

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