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Jovem registra B.O. por injúria racial após ser retirado de posto de venda de ingressos em Teresina

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O vendedor Keven Lucas Pereira, de 20 anos, registrou boletim de ocorrência na Delegacia de Direitos Humanos, por injúria racial, após ser retirado de um posto de venda de ingressos para shows, no Centro de Teresina. O crime aconteceu na manhã desta sexta-feira (12), no posto que fica dentro de uma ótica na Rua Barroso.

De acordo com a vítima, ele foi até o posto de venda para comprar ingressos de um show, a pedido da dona da loja em que trabalha. Ao chegar no local achou o preço alto e retornou à sua loja para falar com a interessada. Mas ela acatou o valor, e logo em seguida voltou e pediu os ingressos.

“Cheguei educadamente e falei que eu ia comprar os ingressos. Perguntei se era R$ 330, peguei R$ 20, mas a vendedora falou que só aceitava o dinheiro todo em espécie. Solicitei que o valor fosse parcelado no cartão e ao pegar o celular para falar com a minha gerente, uma pessoa bateu no meu ombro e pediu pra conversar comigo do lado de fora da loja. Eu falei que não era ladrão, não estava querendo dar golpe em ninguém. Só que não concordaram com isso, nem deixaram eu pegar meu cartão direito e me retiraram do local. Corri pra minha empresa de novo e fui conversar com os meus colegas de trabalho, que foram até o posto de venda”, declarou o vendedor

O cliente declarou que se sentiu ofendido com a forma como foi retirado do posto de vendas. “Me atenderam muito mal, eu uso essa roupa porque não tenho farda (sic), não tenho como me vestir muito bem”, acrescentou.

Keven, a gerente dele e uma prima foram até a Delegacia de Direitos Humanos, onde registraram boletim de ocorrência por injúria racial. O caso será analisado pelo titular da delegacia.

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Ótica não é responsável pela venda dos ingressos

A ótica na qual o vendedor esteve afirma que a abordagem supostamente irregular não foi praticada por nenhum dos seus colaboradores e que a empresa cede o espaço físico das lojas para outras empresas parceiras comercializarem ingressos de espetáculos culturais, não podendo ser responsabilizada pelas atitudes dos funcionários destas, ainda que ocorridos dentro das nossas lojas.

“Como medida emergencial, logo que tomamos conhecimento do ocorrido, suspendemos a autorização das vendas de ingressos em nossas lojas até que fossem devidamente apurados os fatos narrados, tendo em vista que poderia não só confrontar com as nossas diretrizes de atendimento, tratamento e respeito ao cliente das Óticas Diniz, como também pode ser enquadrada como tipo penal, reafirmando o nosso repúdio com quaisquer atitudes discriminatórias!”, informou a assessoria da ótica.

Nota de esclarecimento da ótica. — Foto: Reprodução

Nota de esclarecimento da ótica. — Foto: Reprodução

Defesa do posto de venda

A empresa responsável pela venda dos ingressos também se manifestou.

Segundo a empresa que fazia a venda de ingressos, o rapaz teria tentando comprar o ingresso com um cartão que não é aceito pelo grupo. Ainda segundo a empresa, ele foi orientado a fazer a compra pelo site, mas não teria aceitado a orientação, o que provocou o problema.

Existe diferença entre racismo e injúria racial  — Foto: Adelmo Paixão/g1

Existe diferença entre racismo e injúria racial — Foto: Adelmo Paixão/g1

Fonte: G1 PI

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