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Reunião discute novas estratégias de combate ao novo coronavírus em Marcolândia; fotos

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Novas estratégias de combate ao novo coronavirus em Marcolândia foram discutidas na manhã desta terça-feira, 16 de fevereiro, na Câmara de Vereadores. O encontro reuniu gestores como prefeito Dr. Corinto Matos, o vice-prefeito Valmir de Juracy, vereadores, equipes da Secretaria Municipal de Saúde, secretários e a sociedade em geral.

Na reunião foram apresentados conceitos da doença e esclarecimentos sobre os riscos de infecções, sugestões de estratégias  ao enfrentamento da Covid-19, situações que ocorrem no dia a dia no município, bem como medidas a serem tomadas.

A enfermeira, Vera Dias, que é coordenadora de Vigilância em Saúde em Marcolândia, explanou como está atualmente a situação no município com relação a prevenção contra o coronavírus, o que está sendo feito e o que pode ser melhorado.

“Parte da população se diz desconhecer a situação alegando falta da divulgação dos dados. Então nos reunimos com vereadores, coordenadores, secretários, trabalhadores que tem contato com a população como agentes de endemias e agentes comunitários de saúde. Resolvemos reunir todos os setores mais representativos da sociedade para que as estratégias sejam divulgadas e melhoradas para prevenirmos a proliferação da Covid-19”, disse.

Durante a reunião foram apresentados números e estatísticas sobre o avanço da covid no município, bem como explicado os tipos de sintomas e exames detectores do vírus no organismo, orientações sobre como prevenir a doença com uso de máscaras mesmo que o indivíduo já tenha contraído e se recuperado da Covid devido a novos riscos de reinfecção e transmissão com o surgimento de variantes.

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“A doença ainda está em estudo e por conta disso mesmo que o paciente já tenha contraído e se recuperado, é necessário que faça uso de máscaras por conta do risco de reinfecção e transmissão”, frisou.

Outra observação apontada por Vera foi sobre pacientes que estão em isolamento domiciliar com relação aos demais familiares. Ela afirma a necessidade que estes familiares usem máscaras.

Em casos de óbitos por covid, o alerta é para que não haja velório por correr risco de aglomeração e contágio da doença. “Não haver velório é triste. É doloroso!. O velório consequentemente gera aglomeração e as pessoas abraçam os entes familiares. É um hábito cultural. Não estou criticando, mas, no entanto, se houver velório haverá disseminação do vírus. Portanto, se o paciente morreu por covid não pode ter velório”, alerta destacando algumas dificuldades de entendimento por parte da população.

Aberto ao pronunciamento para os participantes, o vereador Chaguinha Ramos chamou atenção para as medidas preventivas. “A máscara é obrigatória”, frisou.

Um questionamento feito pelo parlamentar na ocasião foi em relação ao monitoramento, uma vez que há riscos de pessoas infectadas descumprirem as medidas de isolamento e circularem pelas ruas.

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Várias sugestões foram apresentadas para com as medidas de prevenção. Foi ressaltado a necessidade de exigência do uso de máscaras por parte dos comerciantes no momento em que os clientes adentrarem ao recinto.

“As pessoas só vêm sem máscaras. Infelizmente é isso que acontece aqui. Boa parte também dos comerciantes não usam e enquanto não derem exemplo, fica difícil”, comentou o comerciante de atacado e varejo, Marclel.

Com a mesma colocação, o vereador Clenilton disse que há comércios com fluxo grande de pessoas onde ninguém usa máscaras.

A divulgação do boletim diário com o número geral de casos foi colocado em debate na reunião pela agente comunitária de saúde, Irenilda Carvalho. Ela recomenda para maior conhecimento que seja divulgado o boletim com o total de casos desde o surgimento da pandemia detalhando também as localidades em que há registros de confirmação.

A profissional recomenda também mais rigidez no monitoramento visto a quantidade de bares que estão desrespeitando as normas de segurança quanto ao distanciamento, uso de máscaras e quantidade de pessoas.

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Marcolândia até o dia 22 de janeiro através de um levantamento geral contabilizou o total de 912 casos desde o início da pandemia, sendo que destes 885 se recuperaram, 18 casos ativos, 02 suspeitos e 09 óbitos.

Paulo Pinheiro que é secretário de Administração primeiramente chamou atenção que o descumprimento das medidas é falta de amor ao próximo e recomendou a aquisição do kit de prevenção com prato, colher e marmita descartáveis.

“Temos que fazer a coisa certa por amor ao próximo […] Nossa família foi acusada de trazer o vírus para Fronteiras. Meu primo faleceu em Fortaleza e veio embrulhado com saco lacrado. Não vimos porque é proibido abrir caixão por morte de Covid. Não pode parar nem na frente de casa. Ele foi direto para o cemitério. Além disso, tinha a norma de que apenas 08 pessoas da família tinha que olhar de longe, além de depois entrar para o isolamento. Fiquei isolado e minha família toda.  […] Se está sentindo febre ou outro sintoma fique isolado logo para os demais da casa não contraírem”, contou.

“Aqui em Marcolândia as pessoas não estão declarando que estão com sintomas. Isso é um perigo. Tem gente que sente os sintomas e diz que não está […] A primeira comunidade que existe é a família”, lamentou Paulo Pinheiro.

A secretária de Saúde, Domitília Alencar, junto com o engenheiro civil Marcos Carvalho compartilharam da mesma ideia no tocante aos eventos religiosos. Os dois disseram na reunião para os líderes religiosos reforçarem as recomendações preventivas aos fiéis.

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A feira livre que acontece aos domingos foi pauta da reunião. Relatos dão conta que os consumidores na feira não usam máscaras e desobedecem ao decreto.

“Isso é falta de amor ao próximo. A população tem que colaborar. As pessoas em suas calçadas não usam máscaras”, pontuou Domitília. “Vamos unir as secretarias juntamente com a prefeitura e demais setores fazermos campanhas e continuar no combate. Não adianta a população cobrar e não contribuir para prevenção”, destacou a secretária de Saúde de Marcolândia.

A vereadora Lanja Nobre também falou na reunião no tocante a análise de medidas e resultados.

De acordo com a secretária de Educação, Auxília Matos, o Ministério Público determinou o retorno das aulas no sistema híbrido – remoto e na escola – porque principalmente as crianças da Educação Infantil não têm acesso às plataformas.

“Infelizmente é mais um ano perdido na educação, mas a gente fazendo tudo direito acredito que vai dar certo. A Secretaria de Educação precisa do apoio de todos. Em forma de rodízio acreditamos que é a melhor forma como por exemplo, dez crianças vão em um dia para a escola e no dia seguinte elas têm ensino remoto”, pontuou Auxília Matos.

O prefeito Corinto Matos ressaltou que devido o município fazer divisa com outro estado e ser cortado por uma estrada federal, a BR-316, há ainda maiores dificuldades de controle no fluxo de pessoas.

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“Há uma necessidade de controle por parte do estado de Pernambuco. Vou procurar o prefeito de Araripina para conversarmos sobre isso e planejarmos as medidas. A gente usa também o sistema de saúde de lá e o hospital dá um bom suporte para nós assim como em Picos”, afirmou.

Cirurgião dentista, Dr. Corinto, elogiou  a vacinação no país do público-alvo inicial que foram os profissionais de saúde. O gestor enfatiza que estes têm contato direto com pacientes e correm maiores riscos de infecção através de contato, saliva, entre outros.

“É uma área de grande risco. O profissional tem que atuar com protetor facial, máscara e o distanciamento possível no atendimento odontológico. Esses profissionais assim como médico, enfermeiros e técnicos estão na linha de frente. A vacina foi uma boa ação no país”, destacou o prefeito de Marcolândia.

A vereadora Simone Viana, destacou a preocupação para com o número de pessoas advindas de outras regiões do país. “Em nossa cidade está chegando muita gente de fora. A cada dia está chegando mais pessoas”, destaca.

Erivan de Aprígio reforça a necessidade de reunião entre comerciantes e a Secretaria Municipal de Saúde para maior conscientização e rigidez nas medidas.

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“Os comerciantes têm que usar máscaras e exigir que o cliente também use. Essas medidas devem ser cobradas. É interessante que haja equipes nas ruas fiscalizando o uso de máscaras, assim como na feira. A ação é cobrar dos comerciantes e das pessoas na rua para os cuidados. Com certeza vai diminuir os casos”, recomendou o vereador Erivan.

Na reunião foi mostrado através de slides, imagens de profissionais de saúde em ação de vacinação de idosos, 2ª etapa das vacinas, vigilância em bares e velórios entre outras.

Conceitos e definições sobre covid-19, testes, sintomas, formas de transmissão da doença, foram apresentados aos participantes durante a reunião na Câmara de Vereadores.

TESTE RÁPIDO

A coordenadora da vigilância em saúde durante a reunião reforçou orientações quanto ao diagnóstico do vírus. Ela explicou sobre os testes rápidos ressaltando que o resultado preciso ocorre a partir do 7º dia (sétimo) de aparecimento dos sintomas.

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O momento para detecção de anticorpo na fase aguda da doença (IgM), ou seja, o contato recente com o vírus é após sete dias.  Já após 11 dias surgem anticorpos de memória (IgG) ou convalescença que permanece por período maior ainda não definido no organismo.

Segundo Vera, os testes rápidos (IgM/ IgG) podem auxiliar o mapeamento da população “imunizada” que já teve ou foi exposta ao vírus, mas não têm função de diagnóstico.

EXAME de RT-PCR SWAB

Este pesquisa o RNA do vírus e é realizado através da coleta Swab (contonete) nasal (nariz) e orofaringe (garganta). As amostras são enviadas para o Lacen.

O melhor período para a coleta por meio do RT-PCR SWAB é a partir do terceiro até o sétimo dia de sintomas.

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SOROLOGIA

O exame de sorologia é feito através da coleta de sangue do paciente. O resultado do teste consta se a pessoa já teve contato com o vírus e se o sistema imunológico produziu anticorpo contra a doença. O exame é recomendado a partir do 10º dia de início dos sintomas.

TRANSMISSÃO

O coronavírus é transmitido de uma pessoa infectada para outra através do aperto de mão contaminada, saliva, espirro, tosse, catarro, objetos ou superfícies contaminas como aparelho celular, mesa, talheres, maçanetas, teclados de computadores entre outras.

SINTOMAS

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Tosse, febre, coriza, dor de garganta, dificuldade de respirar, perda de olfato, perda de paladar, náuseas, vômitos, diarreia, cansaço, diminuição do apetite e falta de ar são sintomas de infecção do coronavírus.

O que é COVID-19?

É uma doença causada pelo coronaívurs SARS-CoV-2 que apresenta espectro clínico variando de infecções assintomáticas a quadro graves.

 De acordo com a Organização Mundial da Saúde, 80% das pessoas podem ser assintomáticas ou apresentarem poucos sintomas. Aproximadamente 20% dos casos requer atendimento hospitalar por apresentarem dificuldade respiratória, dos quais 5% podem necessitar de suporte ventilatório.

Presenças

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Na reunião realizada na Câmara de Vereadores, estiveram presentes: o prefeito, Dr. Corinto Matos, o vice-prefeito Valmir de Juracy; os vereadores Erivan de Aprígio, Clenilton, Simone Viana, Chaguinha Ramos, Lanja Nobre, o ex-vereador Erivan Ramos; os secretários: Fernado (Cidades), Paulo Pinheiro (Administração), Vinicius (Meio Ambiente), Mateus Matos (Gabinete), Belarmino (Comunicação), Eduardo (Esportes), Domitília Alencar (Saúde), Auxília Pires (Educação), Reginaldo (representando a Secretaria de Cultura), agentes de saúde e agentes de endemia, comerciantes e sociedade civil.

A Secretaria de Saúde, por meio da Coordenação da Vigilância em Saúde do Município de Marcolândia, realizou no último dia 09 de fevereiro, uma reunião no auditório da escola Valdir Tintiliano, com objetivo de programar ações capaz de eliminar, diminuir ou prevenir riscos à saúde e de intervir nos problemas sanitários decorrentes do meio ambiente.

Veja mais fotos da reunião desta terça-feira, 16 de fevereiro.

                     

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