Jaicós

Festival reúne diversos violeiros em Jaicós e fortalece cultura do repente e cantoria

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2 anos atrás

8 de setembro de 2022

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Em uma noite marcada por cultura, poesia e muito talento, a cidade de Jaicós foi palco do IV Festival de Violeiros, evento realizado com o objetivo de difundir e fortalecer a cultura de repentes e cantoria de viola.

O evento, promovido pela Prefeitura de Jaicós e Secretaria Municipal de Cultura e coordenado pelos poetas Genivaldo Sousa e Zé Reis Sousa, aconteceu na noite desta quarta-feira, dia 7 de setembro, no Calçadão Público Zé Ligório, no bairro Serranópolis.

Autoridades municipais e admiradores da cultura da cantoria, de Jaicós e de cidades circunvizinhas, estiveram presentes para prestigiar o evento, que contou com a participação de violeiros do Piauí e também de outros estados. Destaque para a presença de Francisco Reis Barrazul Santos, mais conhecido como Barrazul, repentista picoense reconhecido nacionalmente por seus repentes, músicas e poemas.

Na abertura do festival, Genivaldo Sousa agradeceu ao público presente e o apoio da gestão municipal. “As autoridades presentes, o elenco que se apresenta nessa noite e aos outros cantadores que vieram nos prestigiar, queremos agradecer, e a todos os amigos amantes da nossa cantoria, da cultura do repente, que vieram abrilhantar nossa festa nessa noite cultural. Agradecer a todos os amigos que estão nos apoiando, e a realização da prefeitura de Jaicós, por meio da Secretaria de Cultura. Quando procuramos o prefeito ele não mediu esforços, abraçou nossa causa, por isso agradeço ao nosso prefeito Neném de Edite”.

Zé Reis também fez agradecimentos e afirmou que o intuito é seguir realizando o festival. “Fazer um festival de violeiros não é fácil, mas com a força de Deus em primeiro lugar, das pessoas boas, dos amigos que temos na nossa cidade, está acontecendo em Jaicós o 4º Festival de Violeiros. Agradeço a Secretaria de Cultura e a Prefeitura de Jaicós, ao nosso prefeito Neném de Edite. O prefeito não discrimina a cultura, apoia a todos. Essa é um cultura que muitas pessoas não conhecem, mas nesta noite estamos notando que o povo gosta de cantoria, porque veio nos prestigiar. Tenho certeza que a partir de hoje vamos fazer um compromisso com Jaicós e lutar pra sempre realizar o festival”.

O prefeito Neném de Edite também se pronunciou em tom de gratidão e reafirmou seu apoio à cultura. “Primeiramente agradeço Deus por podermos estar juntos nessa noite e realizar o 4º Festival de Violeiros. Agradeço a todos que vieram, amigos da zona rural e da cidade, visitantes, os poetas que vieram de fora, que sejam todos bem vindos à Terra do Galo. Agradeço também à organização, os poetas Zé Reis e Genivaldo, dois poetas de nome, amigos, filho da terra. Eles desde cedo tem me procurado e a gente sabe o anseio por realizar esse festival, que é importante pra fortalecer essa cultura na nossa cidade. Gostaríamos de ter feito algo maior, mas estamos vindo de vários outros eventos e pra tudo precisa recurso, precisa planejamento, mas sempre apoiamos e deixamos a cultura viva em Jaicós, e se Deus quiser, nas próximas edições vamos fazer um festival cada vez melhor e maior”.

Logo após, a programação cultural foi aberta pelo poeta Marlon Torres, que recitou um cordel, e com a participação do repentista Antônio Lima, da cidade de Geminiano. As apresentações de cantoria foram iniciadas em seguida, contando com a participação de 10 violeiros de Jaicós e cidades vizinhas.

Se apresentaram as duplas: Netinho Macedo e Antônio Poeta; Valdenor Batista e Henrique Paiva; Rafael Neto e Valdenor Sousa; Jonas Bezerra e André Vitorino; e Francimildo Lacerda e Damiana Pereira.

Cada dupla teve que desenvolver, de acordo com temas apresentados na hora, três estilos da cantoria: uma sextilha (com estrofes de seis versos), um mote de sete sílabas e outro decassílabo (com 10 sílabas), além de tema livre.

Também fez uma participação no evento o poeta cordelista Paulo Pereira, que declamou estrofes de um dos cordéis de sua autoria, construído no mote “Toda vez que eu vou para São Paulo, deixo um rastro de choro na estrada”.