POLÍCIA
Após 15 dias, 4 menores acusados de estupro coletivo voltam a Castelo do PI
Quinze dias após de uma das maiores barbáries contra mulheres cometida nos últimos anos no estado do Piauí, os quatro menores acusados de cometerem o crime, em parceria com um homem identificado como Adão, de 40 anos, voltarão ao local, o município de Castelo do Piauí, distante cerca de 190 km da capital Teresina.
Na manhã desta quinta-feira (11/06), os menores acusados serão levados ao Fórum Criminal de Castelo do Piauí, onde irão depor e serão ouvidos pelo juiz Leonardo Brasileiro, durante audiência.
O clima na cidade ainda é de tensão extrema, de acordo com o delegado regional Laércio Evangelista, que é quem preside o caso. Segundo ele, a polícia já está preparada para uma suposta manifestação revoltosa dos populares.
“Amanhã eles serão ouvidos lá em Castelo e nós acreditamos que haverá manifestação por parte da população. Estamos temerosos, mas o juiz pediu para anteciparmos, já que se trata de menores, e o prazo que a Justiça nos dar para concluirmos o inquérito é de apenas 45 dias”, revelou.
O delegado garantiu que todos os menores confessaram o crime e disse que irá acompanhar os depoimentos juntamente com as demais autoridades da Polícia Civil e do Estado.
MENORES JÁ ESTÃO EM PROCESSO DE RESSOCIALIZAÇÃO
Os quatro menores acusado de envolvimento no crime estão internados desde a última semana no Centro Educacional de Internação Provisória (CEIP), na zona Sudeste de Teresina.
Em entrevista à TV Cidade Verde, Anderlly Lopes, diretor de atendimento socioeducativo da Secretaria de Assistência Social e Cidadania (SASC), informou que três deles estão passando por processo de ressocialização, inclusive já participaram de missas, atividades esportivas e de atividades em uma horta.
Apenas um deles, o que tem 17 anos, não está participando do processo. Ele se encontra recluso em uma ala de isolamento e não tem contato com os demais menores. O jovem é o mesmo que aparece em um vídeo gravado no local do crime, minutos depois de serem apreendidos pela polícia de Castelo.
Segundo Anderlly Lopes, nenhum dos jovens está informado sobre a morte da jovem Danielly, de 17 anos, vítima do estupro coletivo. Nesse momento, eles não mantém contato algum com indivíduos externos, nem mesmo familiares. Os menores não têm acesso a TV ou aparelhos digitais. Todos apenas ouvem música religiosa.
“Ainda é complicado colocar todos eles no mesmo ambiente. Queremos evitar manifestações por parte dos demais jovens do local. Eles ainda não sabem da morte de Danielly”, finalizou.
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