Pedida cassação da candidatura de Dr Pessoa; acusação de usar perfis fakes

A coligação “O povo faz acontecer”, encabeçada pelo candidato tucano, Kleber Montezuma, entrou com uma ação de investigação junto à Justiça Eleitoral contra o adversário Dr Pessoa e o vice Robert Rios, ambos candidatos pela coligação formada por PRTB, MDB, PSB. A ação aponta o uso de perfis falsos durante campanha eleitoral e pede a cassação da candidatura de Pessoa. O OitoMeia obteve acesso ao conteúdo da denúncia na noite desta quarta-feira (14).

O documento destaca que Dr. Pessoa possui quatro contas registradas, oficialmente, no Tribunal Regional Eleitoral (TRE-PI): Facebook, Twitter, Instagram e YouTube. A denúncia, no entanto, dá conta de outros dois perfis alternativos do candidato no Facebook. “Observou-se que existem perfis fake ou não oficiais em nome de José Pessoa Leal, os quais são utilizados para disseminar inverdades e criar celeumas no prélio eleitoral”, escreve.

A ação possui pelo menos 80 páginas, entre argumentação e um compilado de prints. O documento cita, inclusive, uma troca de farpas entre um desses perfis alternativos e o vereador, Edson Melo (PSDB). No episódio, o perfil (não oficial) nomeado de Pessoal Leal e com foto do candidato mdbeista, teria acusado o vereador tucano e o grupo político do qual pertence de corrupção, pedofilia e tráfico. “A resposta de Pessoa Leal atinge diretamente a honra de Edson Melo”, ressalta.

Para fundamentar a acusação de que os perfis de Pessoa podem ser classificados como fake, a assessoria jurídica da coligação pontua duas observações: 1) a conta não é informada como perfil oficial do candidato 2) a forma de expressão é apontada como diferente daquela empregada pelo candidato Pessoa. Outro ponto levantado é o fato de que Dr. Pessoa mesmo possuindo perfis oficiais, teria  assumido ação judicial com base em resposta direcionada por Edson Melo ao perfil fake.

“Há indícios claros de que as pessoas por trás do perfil Pessoa Leal estão em contato direto com os investigados, isto é, que possuem ligações, podendo inferir que há contratação de pessoas da campanha dos investigados para fazer as ofensas através de perfis “apócrifos”. A constatação final é a de que os investigados mantém uma rede de perfis fakes não identificados, os quais assumem a tarefa de descontruir adversário. Ele usa de terceiros não identificados como tropa de choque para bater em seus adversários, enquanto ocupa os canais oficiais apenas com as notícias positivas”, conclui. 

Fonte: Oito Meia