Transparência e segurança nas eleições: O processo de auditoria das urnas eletrônicas

A cada ano eleitoral, surgem questionamentos sobre a transparência e segurança no processo de contagem de votos e nas urnas eletrônicas. No Brasil, a legislação eleitoral garante a fiscalização de todas as etapas do processo eleitoral, permitindo que partidos, coligações e federações acompanhem a votação, apuração e totalização dos resultados, inclusive por meio de auditorias realizadas por empresas privadas contratadas para esse fim.

Para tornar o processo mais transparente, a Justiça Eleitoral disponibiliza arquivos, relatórios e dados relacionados às eleições online, permitindo a participação não apenas de partidos, coligações e federações, mas também dos cidadãos.

A auditoria das urnas eletrônicas inicia 30 dias antes das eleições, quando os Tribunais Regionais Eleitorais nomeiam uma Comissão de Auditoria de Funcionamento das Urnas Eletrônicas. No dia anterior à votação oficial, é realizada uma votação teste, filmada e monitorada, para demonstrar o funcionamento e segurança dos aparelhos.

No dia das eleições, a “votação paralela” inicia simultaneamente à votação oficial. Após a impressão do documento que comprova a ausência de votos na urna oficial, a contagem de votos da “eleição paralela” começa. Ao final, a Comissão de Auditoria compara o Boletim de Urna e o boletim do sistema auxiliar, assegurando o correto funcionamento e a precisão dos votos registrados.

Todo esse processo é aberto ao público, com vários Tribunais Regionais Eleitorais transmitindo via YouTube. Além disso, o teste público de segurança, realizado pelo Tribunal Superior Eleitoral, avalia a integridade das urnas antes das eleições municipais, reforçando o compromisso com a segurança do sistema eleitoral. Em maio, investigadores retornarão para verificar as melhorias implementadas no sistema, fortalecendo a resistência a possíveis ataques. 

Fonte: CNN/180 graus