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A Transnordestina que Dilma Rousseff viu. A promessa de alavancar o Piauí
[ad#336×280]Está prometido: o trecho da ferrovia Transnordestina no Piauí será inaugurado em 2016. A tarefa anunciada pela presidente Dilma Rousseff tem 15 meses e meio para sair do campo dos anúncios e provar que o estado que ela visitou na semana passada terá uma obra digna de alavancamento econômico e social.
Até agora a Transnordestina já é a mais cara obra da história do estado. Já consumiu mais de R$ 1 bilhão
Apesar da obra estar longe de ficar pronta, como O Olho apontou na reportagem “A verdadeira ferrovia Transnordestina que Dilma Rousseff não conheceu no Piauí“, promete-se aceleração e conclusão até o final do ano que vem.
A Transnordestina no Piauí é propagada pelo Governo Federal e pelo Governo Estadual como uma das molas-mestras do redentorismo econômico de boa parte do estado, já que representa o desenvolvimento econômico de uma das regiões menos exploradas e mais pobres.
Foi essa ferrovia que Dilma Rousseff e sua comitiva viram. Uma ferrovia de desenvolvimento, que gera empregos e que ajudará a voltar a alavancar sua popularidade. Lembra-se que no Sertão piauiense o Governo Federal ainda tem forte simpatia da população, principalmente porque essa é uma das regiões mais beneficiadas quantitativamente pelas obras dos programas assistenciais.
Dias antes da visita de Dilma ao Piauí, o próprio Ministério dos Transportes, divulgava que a obra seria entregue em 2017.
OS NÚMEROS DA TRANSNORDESTINA
A ferrovia foi concebida a partir de 2003. Ao todo, segundo o Governo Federal, terá extensão de 1.753 quilômetros, ligando Elizeu Martins, nos Cerrados do Piauí, até os portos de Pecém, no Ceará, e Suape, em Pernambuco.
“Para a construção da ferrovia Transnordestina, serão usados 3,2 milhões de dormentes e 290 mil toneladas de trilhos. Em toda a região Nordeste, 5.945 pessoas trabalham em obras da ferrovia”, divulgou o Ministério dos Transportes.
O Governo Federal, através do Ministério do Planejamento, divulgou, em dados do final de junho deste ano, que o trecho da ferrovia entre Trindade (PE) até Elizeu Martins (PI) já estava orçada em R$ 1.529.990.000,00. O mesmo órgão diz que a estrada de ferro cortará terras dos municípios piauienses de: Simões, Curral Novo, Betânia, Paulistana, Campo Alegre do Fidalgo, Nova Santa Rita, Bela Vista, Paes Landim, Simplício Mendes, São Miguel do Fidalgo, São José do Peixe, Ribeira, Pajeú, Flores, Itaueira, Rio Grande, Pavussu e Elizeu Martins.
Estranhamente, ao menos no trecho que está em maior avanço na construção, a ferrovia não passa nem em Simões e muito menos em Betânia, mas também passa em São Francisco de Assis do Piauí.
No município de Curral Novo do Piauí tudo já está pronto. As obras já avançam no município de Paulistana, que tem mais de cem quilômetros de seu território cortado pela ferrovia. Foi o início desse trecho visitado pela presidente. O consórcio de empresas, administrado pela TLSA – Transnordestina Logística S/A, promete entregar um quilômetro de trilhos por dia. O sistema é mecanizado e muito moderno. Somente nesse trecho trabalham diariamente mais de 200 pessoas.
O QUE O PIAUÍ GANHA COM A FERROVIA?
Estando pronta ou não o Piauí tende a ganhar com a Transnordestina. Se forem construídos portos secos nos mais de 400 quilômetros de extensão as riquezas de boa parte do estado podem ser escoadas pela ferrovia, já que ela tem localização estratégica para as regiões Sul e Norte do Piauí. É uma opção também mais barata de transporte de cargas comuns, hoje cem por cento feitas através de rodovias.
A concessionária que administrará a ferrovia não anunciou se na mesma haverá transporte de passageiros. O que também poderia ser uma boa opção para quem mora nos Cerrados e Sertão piauienses poderem transitar entre as cidades do estado, bem como várias do Ceará e Pernambuco, além de poderem chegar a cidades litorâneas.
A empresa faz questão de divulgar que A Ferrovia Transnordestina irá oferecer importantes contribuições para a economia regional, dentre os quais reduzir os custos logísticos para exportação, aumento do valor de terras no entorno, reorganização especial da produção agrícola, atração de novos empreendimentos e empresas e estímulo à produção de biodiesel. Por falar em biodiesel faz um tempo que não se planta mais mamona no Piauí.
Se isso tudo será verdade e realmente em 2016 veremos a Transnordestina funcionando? Só nos resta esperar e torcer que sim. Pois todos do Piauí ganham com uma obra de grande monta. Muita gente já comprou o terno da inauguração e espera ver essa Transnordestina que Dilma Rousseff viu no meio do Sertão piauiense.
O Olho
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