POLÍCIA
Operação Fantasma: 80 empresas dão rombo de R$ 170 milhões no Piauí
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O delegado Josimar Brito, um dos responsáveis pela investigação da Operação Fantasma, revelou no final da manhã desta quarta-feira (02/08) ao OitoMeia que a polícia estima que 60 empresas atuaram fora do Piauí e 20 dentro do Estado com fraudes de sonegações fiscais causando um rombo avaliado em R$ 170 milhões.
O OitoMeia já revelou através de um fluxograma o nome dos envolvidos no esquema de fraudes. De acordo com Josimar, a família de Mirtdams Jr é uma das principais envolvidas em fraudes. “Não é apenas um líder, a família do Mirtdams Jr por exemplo, tinha várias empresas”, revelou.
O delegado Josimar disse que por conta do número de empresas ser alto, não dá para revelar o nome de todas. A reportagem apurou o nome de duas empresas, uma que atuava em Campo Maior, S.Ribeiro, que segundo Josimar deve mais de R$ 46 milhões. A outra empresa é a Ceralista Melo, uma das maiores devedoras no Piauí.
Promotor de combate aos crimes fiscais do Grincot, Plínio Fontes / (Foto: Ricardo Morais)
O promotor de combate aos crimes fiscais do Grincot, Plínio Fontes, disse que essa organização já atuava há muitos anos aqui no Piauí. Alguns dos réus, laranjas já respondiam a processos criminais.
“Nós só víamos os laranjas, a partir do Grincot a gente passou a ter mais uma visão panorâmica da situação, ver quem estava por trás dos esquemas”, disse. O promotor disse ainda que dentre os laranjas haviam secretárias e motoristas que tinham empresas que gerenciavam até R$ 15 milhões.
Plínio falou que alguns laranjas não tinham conhecimento que seu nomes estavam sendo usado para sonegação fiscal. “Algo que era completamente incompatível com a vida deles, a partir daí descobrimos que se tratava de laranjas usadas pelos líderes que agora estão presos “.
A operação continua em diligência e a polícia está utilizando do recurso de delação premiada para conseguir chegar a mais envolvidos.
ENTENDA O ESQUEMA
Os irmãos Mirtdam Jr. e João Canuto Neto contatavam empresários interessados nas fraudes ou utilizavam empresas fantasmas para usarem em empresas reais. Para arregimentar laranjas, geralmente pessoas simples que precisavam de dinheiro, contavam com um rol de empregados fixos, dentre eles Gilmária, Sandra, Deodato e Jailton.
Estes intermediários conseguiam documentos (RG, CPF) de populares de forma ardilosa ou, o que era mais comum, ofereciam dinheiro, entre R$ 500,00 e R$ 1.000,00, para que cedessem seus documentos, os quais seriam utilizados na abertura desses falsos negócios.
O aparente líder do grupo, Mirtdam, usava, como real proprietário, diversos veículos de luxo que não estavam em seu nome, mas em nome de uma tia e cunhada. Contra os alvos já tramitam seis processos criminais e três inquéritos, referentes a crimes praticados com de forma semelhante.
VEJA VÍDEO DA OPERAÇÃO
Fonte: Oito Meia
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