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‘Vai morrer a mãe e o bebê porque eu não tenho fio cirúrgico’, denuncia médica no PI
Profissionais da Maternidade Dona Evangelina Rosa, em Teresina, denunciaram a superlotação e falta de material para atender as pacientes na unidade de saúde. Médicos, enfermeiros e técnicos da maternidade falaram ao PI TV 1ª Edição que a situação é de caos e os médicos afirmam que as mães e os bebês correm risco de morrer por falta de atendimento.
“Quando eu cheguei para trabalhar nesta quarta-feira fui informada de que a maior maternidade pública do Piauí não tem um simples fio para fazer uma cesariana. Simplesmente, se chegar uma paciente urgente, eu não tenho como operar e vai morrer a mãe e o bebê porque eu não tenho fio cirúrgico”, desabafou a médica Goriete Menezes.
A reportagem mostrou imagens da superlotação do local, bebês que deveriam estar internados em Unidade de Terapia Intensa (UTI) continuam no centro cirúrgico impedindo a realização de novos procedimentos. Além disso, médicos e enfermeiros denunciam que estão deixando de realizar cirurgias devido à ausência de material, como fio para sutura.
O drama das mulheres que conseguem ser operadas continua no pós-parto, já que elas permanecem numa sala super lotada ou estão no corredor da maternidade.
“Estas pacientes deveriam estar monitoradas porque foram operadas e isso não aconteceu. Tenho cinco pacientes no correr da maternidade. Eu não tenho macas para colocar as pacientes, se chegarem mais mulheres precisando ser operadas, elas vão ficar na mesa cirúrgica porque não tenho macas”, afirmou a médica.
No momento em que a reportagem era realizada, uma ambulância da cidade de Altos chegou à maternidade dona Evangelina Rosa trazendo uma mãe com sangramento.
“A paciente está grávida de nove meses e apareceu este sangramento. Ela precisa de um atendimento urgente e veio para cá porque lá não tem estrutura”, comentou a técnica de enfermagem Maria do Carmo Batista.
Outra médica também reclamou do descaso diante da chegada de uma paciente em situação de risco. “Acabemos de receber uma paciente com descolamento de placenta que é algo grave. Isso é uma emergência, pois a paciente precisa passar por uma cirurgia o mais rápido possível e a gente não tem fio de sutura para fazer o procedimento cirúrgico. Estamos numa situação de desespero porque a paciente está em risco”, disse Fabiane Soares.
Convivendo com uma gravidez de risco, a assistente social buscava atendimento desde o começo da manhã. “Estou aqui desde as 7h perdendo liquido e ninguém faz nada. O médico já estava aqui e até agora não fui atendida. Somente uma enfermeira veio aqui”, afirmou Geabe Oliveira.
A direção da maternidade negou a falta de material cirúrgico e atribuiu a situação à superlotação.”A realidade é outra. A rede não funciona porque quando chega o fim de ano há uma demanda maior nas cidades do interior e os médicos encaminham todos as pacientes para Teresina”, justificou o diretor da maternidade, Francisco Macêdo.
Fonte: G1
Foto: Tv Clube
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