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PICOS | Acusado da morte do menino Isaac vai a audiência de instrução

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Aconteceu nesta quinta-feira (20) a Audiência de Instrução do caso Isaac, menino que foi morto no dia 03 de março deste ano, após o disparo de uma espingarda pelo seu vizinho, Martim Borges da Silva, 39 anos.

Durante a audiência foram ouvidos quatro depoentes, sendo um por parte da promotoria – o médico legista, Dr. Josinaldo – e três de acusação – a mãe e o pai da criança, e uma vizinha do casal – e o acusado, Martim Borges.

A mãe da criança mostrou-se bastante comovida o tempo todo em que esteve depondo e enquanto assistia à audiência. Já o pai de Isaac parecia mais tranquilo ao depor.

Duas outras testemunhas – os peritos que participaram da reconstituição – ainda terão seus depoimentos colhidos em Teresina, pois as mesmas residem na capital e podem escolher o local onde querem depor. As de defesa, segundo a advogada de Martim Borges, Marilene Vera, não compareceram à audiência por temerem represália da família da vítima.

O acusado em seu depoimento alegou ter atirado acidentalmente na criança. Segundo ele, a arma foi comprada no mesmo dia do crime a um cigano próximo ao Mercado Municipal, no valor de R$ 700,00, o qual afirmou que Martim Borges poderia usar munição calibre 38, que a carabina funcionaria.

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Confiante, Martim disse ter comprado munição para testar a arma quando, segundo ele, fosse vendê-la. O mesmo afirmou ainda antes de seguir para sua residência, passou pela casa de outras três pessoas, na intenção de conseguir a venda da espingarda, contudo, não obteve êxito.

Ainda em depoimento, ele afirmou que ao chegar em casa avisou à sua companheira, sempre identificada por ele como “Nega”, que havia comprado a arma para vendê-la posteriormente. Martim disse ainda que pôs o rifle em cima de seu guarda roupa e, algum tempo depois, pegou-a e pôs a munição nela e que ao travá-la, a mesma disparou, sem que ele chegasse a apertar o gatilho.

A juíza da 4ª vara, Nilcimar Carvalho, questionou se o acusado sabia manusear armas e ele disse que não. Indagou ainda se a espingarda poderia ser adaptada e, mais uma vez, ele negou, afirmando veementemente que não, o que levou-a a perguntar mais uma vez como ele poderia afirmar tal fato se havia acabado de dizer que nunca houvera manejado arma alguma. Martim alegou apenas que daria para perceber.

Os advogados agora terão um tempo para apresentarem suas alegações finais e esperarão a decisão da juíza sobre os próximos passos a serem tomados.

Familiares e amigos da vítima estiveram assistindo à audiência trajados com camisas com foto do garoto e uma mensagem. Os mesmos ainda levaram vários cartazes com pedidos de justiça.

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Mensagem da camisa dos familiares e amigos

Entenda mais sobre o caso
Isaac José Luz de Sousa, 8 anos, estava na calçada de sua casa, na Rua Justino Macedo, bairro Pedrinhas, ajudando o seu pai, o senhor Ronilton, a lavar o carro da família quando foi atingido por uma bala disparada pelo então acusado, Martim Borges, vizinho da vítima. A criança ainda foi socorrida em um carro particular, mas faleceu ao chegar ao Hospital Regional Justino Luz.

 

Fonte: Grande Picos

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