GERAL
Para quem trabalha ao ar livre risco de câncer de pele dobra
Estar exposto aos raios de sol por muito tempo é um riso para a saúde e para quem trabalha ao ar livre como garis, jardineiros, carteiros, entregadores, arquitetos, o reforço é ainda maior. Um relatório publicado no começo de 2016 por um grupo de dermatologistas, membros da Academia Europeia de Dermatologia e Venereologia (EADV, na sigla em inglês), deixou claro que a maioria dessa força de trabalho na Europa está sob risco aumentado de desenvolver câncer de pele, principalmente do tipo não melanoma.
O câncer de pele é o tipo mais frequente no Brasil, sendo 30% dos tumores malignos registrados no País, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca). O alerta para a prevenção vale para todas as pessoas em qualquer fase da vida.
Segundo os resultados, após cinco anos de trabalho ao ar livre, as chances de ter o tumor são, pelo menos, duas vezes maiores nesse perfil do que naqueles que exercem a profissão em ambientes fechados. Os dados mostraram também que esse grupo tem menor conhecimento em saúde e baixa tendência à prevenção.
Campanha
Pensando nos dados internacionais e no cenário brasileiro – foram estimados mais de 6,2 mil novos casos de melanoma e mais de 165 mil de não melanoma em 2018 -, o Instituto Melanoma Brasil lançou a campanha “Trabalhe com segurança. Proteja sua pele”. O objetivo é levar informação tanto para os trabalhadores quanto para as empresas.
“São pessoas que executam suas atividades laborais ao ar livre e não se dão conta dos riscos que estão correndo e das medidas para se protegerem”, diz Rebecca Montanheiro, presidente da organização, sobre a iniciativa que está em sua terceira edição. “Mais ou menos 1,5 mil pessoas vão morrer por ano com melanoma e a campanha quer levar informação simples e clara para que as pessoas se identifiquem.
Tipos de câncer
O tumor é dividido em melanoma (5% dos casos) e não melanoma (95%) e, no Brasil, a prevalência varia de uma região para outra. A principal diferença entre os dois é o tipo de célula que dá origem a ele. Enquanto o melanoma nasce nos melanócitos (células produtoras de melanina), o não melanoma se origina em outras estruturas e tem componentes variados.
A gravidade também é outro fator que os diferencia: o melanoma tende a crescer mais rápido e pode ter metástase; o não melanoma tem risco menor de metástase e a cirurgia, por si só, é curativa.
Fonte: Estadão
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