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Sem análise da água, Vigilância Sanitária não recomenda uso da Lagoa Azul no PI
A água da Lagoa Azul de Barras não passou por análise laboratorial desde a sua descoberta, há poucos meses, e a orientação da Vigilância Sanitária do município é que as pessoas evitem ingerir ou banhar no local, que já se transformou em ponto turístico, até que o procedimento seja realizado e o contato com a água liberado.
O local teve ampla divulgação no estado em junho deste ano, quando atraiu maior número de visitantes. A coordenadora da Vigilância Sanitária do município, Lívia Rego, informou ao Cidadeverde.com que o processo da análise da água não foi concluído. Rego destaca que a água precisa passar por análise para confirmar se o líquido pode ser direcionado ao consumo humano, banhos, ou não.
“Recebi a orientação de não coletar diretamente a água e enviar ao Lacen (Laboratório Central), que era melhor entrar em contato com o gerenciamento de água do Estado para colher com a ajuda deles, pois era algo novo. Era preciso colher em tubos e pontos diferente; não poderia coletar e enviar”, como inicialmente pensou, disse a coordenadora.
Rego disse que tentou contado com o setor de gerenciamento de água da Secretaria Estadual de Saúde, mas que não teria obtido retorno, e iria tentar novamente nesta semana.
O Cidadeverde.com conversou com o coordenador estadual de Vigilância em Saúde Ambiental, Antônio de Sá, e disse que até esta sexta (09) não recebeu nenhum ofício para análise de água em algum ponto de Barras. “Não recebi nenhum documento, mas estamos disponíveis para ajudar”, disse.
Antônio de Sá acrescentou que a coleta poderá, inclusive, ser enviada para fora do estado, pois há parâmetros de análise que não são realizados atualmente pelo Lacen do Piauí.
Enquanto a análise não acontece, a recomendação da Vigilância Sanitária é que a Lagoa Azul não seja usada para banhos, muito menos para ingestão de sua água.
“Nós sabemos que algumas pessoas estão indo para o local tirar fotos. Espero que seja só pra isso mesmo. A água possui um cheiro desagradável. A nossa orientação às pessoas é que elas não bebam e não banhem no local. Ela tem aquela cor, mas pode estar contaminada, e ninguém sabe de quê. Se água tiver tudo ok, a população terá o turismo liberado”, disse Rego.
A Lagoa fica apenas a 3 km do Centro de Barras, em uma propriedade privada, na comunidade São Benedito. A prefeitura do município instalou pontos de coleta de lixos e placas educativas para que o local seja preservado. Ela teria se formado no último período chuvoso. O local era um ponto de escavação de areia para construção civil.
O local, a depender do resultado dos exames, poderá ser uma reserva ambiental hídrica.
Fonte: Cidade Verde
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