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Parque de Sete Cidades se destaca pelas formações rochosas e pinturas rupestres de 10 mil anos
O Parque Nacional de Sete Cidades, localizado nos municípios de Piracuruca e Brasileira, guarda uma série de formações rochosas atípicas e pinturas rupestres com mais de 10 mil anos. A reserva ambiental foi criada em 1961 e foi o primeiro parque do estado e o nono do país.
O parque leva este nome por conter sete conjuntos de formações de pedras esculpidas pelas ações dos ventos, chuvas e do calor. Sete Cidades possui 6.222 hectares e um perímetro de 36 quilômetros, e é administrado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
“É o primeiro parque nacional a ser criado no Estado do Piauí e o nono a ser criado no Brasil. Então, a importância da existência dessa unidade, primeiramente, é a conservação da biodiversidade e de outros trabalhos de preservação que são feitos. Em segundo lugar é a visitação, esse apoio ao uso público que a unidade já vem trabalhando, ou seja, esse turismo dentro do parque”, contou o chefe de conservação, Waldemar Justo.
As formações rochosas mais famosas do parque são a Pedra do Índio e a da Tartaruga, sendo que esta última, segundo o guia turístico Oziel Monteiro, causa a impressão de ter sido feita pelo homem, e não pela natureza.
“Essa rocha traz um diferencial em relação às demais por esse craquelamento perfeito, essa área poligonal. Você pensa que não é natural, mas é. Sem a geologia, jamais aqui se chamaria Sete Cidades”, explicou.
Surgimento
Pedra da Tartaruga, situada no Parque Nacional de Sete Cidades — Foto: Reprodução /TV Clube
Existem diversas teorias sobre o surgimento do Parque Sete Cidades. Entretanto, a mais antiga é a de que, anteriormente, existia ali um reino encantado com castelos e majestades.
“Na minha família mesmo, nas comunidades, já se ouvia falar do beijo dos lagartos, que é a lenda oficial de Sete Cidades. Para a minha avó e outras pessoas mais velhas, essas rochas são reinos que estão petrificados e que, um dia, quando o príncipe e a princesa se beijarem, eles voltarão ao normal”, disse o guia turístico.
Pesquisas
O parque recebe, frequentemente, cientistas interessados em aprofundar suas pesquisas sobre os nossos antepassados. O que mais chama atenção são as pinturas rupestres com idades entre seis e dez mil anos, além de sua durabilidade.
“Esse lagarto que tem no centro, é o que está hoje na sinalização com pegadas, possui essa durabilidade devido ao preparo da tinta ser de óxido de ferro, misturado com o óleo vegetal ou animal, para ter essa durabilidade”, afirmou.
Fonte: G1 PI
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