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Tragédia do Parque Rodoviário completa 1 ano e sete meses e moradores aguardam reconstrução de casas

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A tragédia do bairro Parque Rodoviário, Zona Sul de Teresina, completou 1 ano e sete meses nesta quarta-feira (4) e moradores que ficaram desabrigados ainda aguardam a reconstrução de suas casas. Das 82 casas atingidas, 12 foram precisaram ser reconstruídas, 22 estão em processo de licitação, pois ficam próximas de uma galeria, e 48 estão passando por pequenas reformas.

A Superintendência de Desenvolvimento Urbano (SDU) informou, por meio de nota, que a licitação das 22 casas que serão destinadas aos moradores foi paralisada devido à pandemia, mas já foi retomada e deverá ser concluída nos próximos dias.

Henrique Carneiro, de 37 anos, é membro da associação de moradores e uma das pessoas que teve a sua casa destruída durante a tragédia. Atualmente, ele, a esposa e dois filhos estão sendo amparados por um programa da prefeitura que paga um aluguel e fornece uma cesta básica.

“A prefeitura só esteve no local no ano da tragédia e após 1 ano e sete meses, somente algumas casas foram reconstruídas nos locais que não corriam riscos. Durante uma reunião com um representante da SDU, ficou acordado que algumas famílias seriam remanejadas e na primeira quinzena de setembro começaria as obras para a construção de casas em outro terreno, mas já estamos em novembro e até agora nada”, lamentou.

Ainda com o morador, as famílias que precisam ser remanejadas se sentem desrespeitadas com a demora para o início das obras das novas casas.

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“Pessoas perderam as suas vidas, móveis e imóveis, e não percebemos preocupação nenhuma com as famílias que precisam ser remanejadas. Ninguém sabe até quando esse Aluguel Solidário vai ser pago e também não entendemos o motivo de tanta demora”, disse.

Com as chuvas fortes dos últimos dias, Henrique revelou que os moradores estão com receio de uma nova tragédia. Segundo eles, o córrego do clube desativado, de onde veio a água que atingiu as casas, continua aberto.

“No local da tragédia nunca foi feito nada, o córrego continua aberto e as casas que seriam remanejadas para dentro do clube não foram construídas. Se tiver uma chuva grande, ela pode fazer um novo estrago, não como a tragédia que foi antes. É um verdadeiro descaso”, declarou.

No clube desativado está prevista a construção de 60 casas, sendo 22 destinadas para os moradores afetados pela tragédia do Parque Rodoviário e as demais para famílias ribeirinhas da Marginal Sul.

Leia a nota da SDU Sul na íntegra:

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A Sdu Sul informa que a licitação das casas que serão destinadas aos moradores do Parque Rodoviário que residiam em área de risco foi paralisada por conta da pandemia, mas o processo já foi retomado e será concluído nos próximos dias.

Vale acrescentar ainda que as 12 casas destruídas na tragédia já foram completamente reconstruídas. Falta apenas pequenas reformas em outras moradias que foram atingidas pelas águas.

Duas pessoas morreram durante a tragédia

Casas foram atingidas após lagoa de clube transbordar e romper muro do terreno na Zona Sul de Teresina — Foto: Lorena Linhares/ G1 PI

Casas foram atingidas após lagoa de clube transbordar e romper muro do terreno na Zona Sul de Teresina — Foto: Lorena Linhares/ G1 PI

Duas pessoas morreram no dia 4 de abril após uma lagoa de um clube desativado transbordar com a chuva, romper a rua do terreno, que funcionava como dique, e atingir casas no bairro Parque Rodoviário, Zona Sul de Teresina.

Segundo o Corpo de Bombeiros, mais de 60 casas foram atingidas pela água e pelo menos 30 pessoas ficaram feridas.

Laudo apontou crime ambiental

Imagem aérea mostra destruição no Parque Rodoviário. — Foto: Magno Bonfim/TV Clube

Imagem aérea mostra destruição no Parque Rodoviário. — Foto: Magno Bonfim/TV Clube

Um laudo elaborado pela Delegacia de Meio Ambiente e pelo Ministério Público do Piauí (MP-PI) apontou que houve crime ambiental na tragédia do Parque Rodoviário, bairro da Zona Sul de Teresina.

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Na ocasião, a delegada do Meio Ambiente, Edenilza Rodrigues Viana, informou ao G1 que a empresa proprietária do clube poderia ser responsabilizada pelo dano.

Fonte: G1 PI

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