Alagoinha do Piauí
ALAGOINHA | Poesia retrata o sofrimento da população pela falta de água na cidade. Veja!
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O município de Alagoinha do Piauí, situado a cerca de 390 km da capital piauiense, enfrenta sérios problemas com o abastecimento de água para os moradores. A situação se agrava a cada dia.
A cidade é abastecida por poços artesianos perfurados no leite do Rio Marsal, mas alguns moradores afirmam que somente a conta de água cobrada pela AGESPISA, chega a residência dos mesmos no final do mês.
As reclamações pela falta de água tem sido constantes. Em visita no final do mês de julho ao município, a vereadora e presidente estadual do PV, Teresa Brito, constatou de perto a situação caótica e denunciou o agravo aos órgãos de imprensa do Estado. O Governo do Estado anunciou a perfuração de poços. Mas até agora os resultados positivos não chegou no município.
As dificuldades enfrentadas pela escassez do líquido precioso, tem sido motivo de poesia, no intuito de sensibilizar os verdadeiros responsáveis por desenvolver ações que resolva o problema.
Pensando assim, o poeta alagoinhense, Samuel Nascimento, publicou nas suas redes sociais uma poesia “Alagoinha sem água” que retrata a rotina diária que os moradores enfrentam. Na poesia o Bairro São José é citado como referência, pois há vários anos alguns moradores do referido bairro sobrevivem do abastecimento de água comprado dos carro-pipa.
O autor da poesia é acadêmico do curso de Administração da Universidade Estadual do Piauí-UESPI. É autor de um livro “Poesias de Quintal”. Em junho desse ano, Samuel lançou um cordel intitulado “João Batista, segundo Lucas e Mateus”, um trabalho de cunho religioso.
Veja a poesia sobre a água na íntegra:
ALAGOINHA SEM ÁGUA
É triste a gente acordar,
Cedinho e perceber.
Falta água pra beber,
Roupa e louça pra lavar.
Quem quiser tem que comprar,
Seja pipa ou um galão.
Assim segue o cidadão,
Sofrendo essa verdade.
Sem ter água na cidade,
Padece a população.
A dona de casa passa,
Verdadeira penitência.
Se não tem na residência,
Água para cozinhar.
Sai com o balde a procurar,
Volta sem nada na mão.
Sem encontrar solução,
É triste a realidade.
Sem ter água na cidade,
Padece a população.
Veja o bairro São José,
Onde o povo relatou.
Há meses que não chegou,
Água pra gente beber.
Mais difícil de entender,
É quando chega o talão.
Obrigando o cidadão,
A pagar na validade.
Sem ter água na cidade,
Padece a população.
Quem o povo elegeu,
Deputado, vereador,
Prefeito e governador,
Tem o dever de buscar,
Uma forma de acabar,
Com essa tal situação.
Tudo tem sim solução,
Só falta boa vontade.
Sem ter água na cidade,
Padece a população.
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