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Familiares e amigos homenageiam a saudosa professora Gabriela Cavalcante “Tia Gabi”

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Neste domingo, 08 de novembro, completa dois anos do falecimento da professora picoense, Gabriela Cavalcante. “Tia Gabi”, como era conhecida por seus alunos, foi vítima de acidente de trânsito enquanto se deslocava de sua residência no bairro Ipueiras para ministrar aula no Centro da cidade de Picos onde trabalhava. A partida da jovem professora foi um impacto para toda sociedade picoense, em especial amigos, familiares, colegas de trabalho e seus alunos.

Nascida em 16 de agosto de 1988, Gabriela Cortez Cavalcante, era natural da cidade de Picos (PI), filha de Expedito Cortez Filho (In memoriam) e Francisca Cavalcante. Filha mais velha do casal, tinha apenas uma irmã, a estudante Manuella Cavalcante.

Sua mãe, Francisca Cavalcante, lembra com muita emoção da filha.

“Falar de minha filha é falar de amor! Sempre estivemos juntas em todos os momentos. Meu ombro amigo nas horas difíceis. Me ajudava com tudo em casa, comprava minhas roupas, fazia meu prato preferido. Não fazíamos nada sem falar uma para outra. Todos os dias, chegava com um mimo: – Olha lembrei de mãe quando vi isso – mãe já almoçou, jantou?” – “tá sentindo alguma coisa?”, “Amo demais a Senhora” (…) Fazia tudo por mim e eu por ela! Sou eternamente grata a Deus por ter me abençoado com uma filha tão incrível! Te amo filha! Saudades eternas!”, recordou a mãe.

Sempre muito unidas, passados dois anos, Manuella lembra com carinho da convivência com a irmã.

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“Gabi sempre foi muito família, sabe? Sempre que podia, ela fazia algo para gente se reunir. Sempre foi muito preocupada com todo mundo e era a pessoa mais desenrolada que eu já vi. Resolvia absolutamente tudo, de todo mundo, por mais difícil que fosse. Ela sempre dava um jeito e era ligeiro (…) Não era só minha irmã, era minha melhor amiga, minha professora, minha mãe. Ela sempre deu tudo de si para cuidar de mainha e de mim. Quando perdemos nosso pai, dava para perceber que ela engolia a tristeza dela para me consolar! (…) Gabi sempre foi luz na minha vida e sempre vai ser. A saudade é inexplicável e às vezes pesa mais do que eu posso suportar, mas lembro de tanta coisa linda que ela me ensinou, de tudo que ela representa para mim e tudo fica mais ameno #Gabiprasempre“, revelou Manuella.

Dentre todos os familiares, Gabriela sempre gostava de ressaltar a importância, além dos pais e da irmã, a da sua tia Margarida Cavalcante, na qual a considerava como uma mãe.

O ciclo de amizades da professora era imenso, mas entre as suas amizades ela colocava em evidência a amiga de infância Seísa Portela. Gabriela costumava dizer que era sua irmã branca. Seísa lembra um pouco da amiga especial.

“Eu e Gabriela nunca fomos somente amigas, fomos irmãs por toda a vida. Quando nasci morávamos em casas vizinhas e crescemos assim, sempre juntas, dividindo uma com a outra cada etapa de tudo. Compartilhamos infância, adolescência, juventude e depois a vida adulta. Costumo dizer que a dor de não tê-la mais aqui é, sem dúvidas, a maior que já senti. Tenho certeza que ela sabe disso. Hoje, no entanto, me alegro e sou grata a Deus em perceber a sorte que tive em tê-la tanto tempo ao meu lado. Você foi luz para todas as pessoas que tiveram a sorte de te conhecer e conviver contigo. Te amarei para sempre”, disse a amiga Seísa.

Gabriela era graduada em Ciências Biológicas pela Universidade Estadual do Piauí (UESPI) e pós-graduada em Gestão Ambiental e Desenvolvimento Sustentável pela UNINTER. Uma aluna esforçada e organizada. Foi na universidade que a mesma desenvolveu a paixão pela biologia e pela docência, assim trilhando a profissão de professora. Na UESPI Gabriela fez inúmeras amizades, como a amiga Rhuanne Martins.

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“Vou começar sendo clichê em dizer que conhecer Gabi foi realmente muito bom. Sabe aquela pessoa que irradia alegria por onde passa? Era ela. Nossa amizade fluiu desde o primeiro dia de aula como se já fossemos amigas há tanto tempo. Nosso grupo foi o mesmo do começo ao fim do curso. A paixão que víamos dela pelos sapos era surreal e aquilo a faria uma profissional maravilhosa. Sempre tão atenciosa e apaixonada pelo que fazia, super detalhista em todos os quesitos. Nos seminários enquanto a maioria ficava aflita ela sempre mantinha a calma e arrasava, dava um show de aula. (…) Ela está presente em nós e enquanto uma de nós viver, ela viverá!! Te amamos Gabi!! #Gabiprasempre”, contou Rhuanne.


Na vida profissional, professora Gabriela Cavalcante deu seus primeiros passos antes de finalizar a graduação, no Curso Cavalcante, em Picos, ministrando aulas de reforço nas disciplinas de Ciências e Biologia para alunos do Ensino Fundamental mostrando ser uma profissional comprometida e com enorme potencial. Logo passou a lecionar aulas no curso preparatório para vestibulares e PRÉ-ENEM.

Ao finalizar a graduação, e cada vez mais se firmando no Curso Cavalcante, a professora foi convidada para trabalhar no tradicional colégio picoense Instituto Monsenhor Hipólito, conhecido com Colégio das Irmãs. No IMH a professora desenvolveu projetos e deu sua contribuição para a formação de diversos alunos. Com seu jeito alegre, carismático e responsável, cativou alunos, famílias e colegas de profissão.

Sobre o perfil de Gabriela, a professora do IMH e amiga, Kercia, conta como era Gabi.

“Passa-se o tempo, mas as lembranças de Gabi continuam muito lúcidas em nossa vida. Continua também sendo difícil passar pelos corredores da escola e não encontrar aquela menina com seu sorriso resplandecente vindo ao seu encontro. Todos os eventos do IMH não são os mesmos sem a sua presença. Tudo me faz lembrar dela. Gabi era mais que uma colega de trabalho, era uma amiga especial. Compartilhávamos os mesmos sonhos e anseios. Vibrávamos pelas conquistas uma da outra. Sem dúvida foi uma separação física que me abalou inexplicavelmente. No entanto, o sentimento por ela continua vivo, assim como suas doces lembranças, as quais nos fortalecem em momentos de saudade demasiada e nos fazem querer ser luz como ela foi por onde passou”, destacou.

Lucas Rocha foi aluno da professora Gabriela no IMH e conta o quanto ela foi importante para ele enquanto estudante.

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“Tia Gabi era uma professora excepcional. Ela era diferente no seu modo de falar, no seu modo de agir. Ela entendia o aluno e era uma amiga para todos nós. Lembro que nos primeiros dias de aula do 9º ano ela entrou em nossa turma para começar seus trabalhos no IMH e logo em pouco tempo ela contagiou todos com seu carisma, seu sorriso e acima de tudo com sua competência. Os anos foram passando e vésperas o ENEM Tia Gabi retornava à nossa turma para dar um aulão de Biologia. Ao final da aula Tia Gabi nos disse que estava emocionada, muito feliz, pois esteve no inicio do 9º ano com nossa turma e estava ali com a gente novamente para concluir o Ensino Médio. Se marcante foi para ela, muito mais foi para nossa turma, pois foi em nossa turma que ela deu a primeira aula no IMH e também a última. Tia Gabi foi um anjo para todos os seus alunos, cumpriu sua missão da melhor forma. Te amo eternamente Tia Gabi. Saudades eternas!”, recorda o aluno.

Quem conhecia Gabriela sabia que além da paixão pela Biologia, ela também tinha um grande entusiasmo pela prática de atividades físicas. A professora era conhecida pelos amigos como aquela pessoa dedicada que sempre estava focada nas atividades e na alimentação saudável. Gabriela levava consigo a preocupação com saúde em termos físicos e ainda na adolescência iniciou a prática de musculação em academias.

Em 2017 começou a experimentar outras atividades e logo de cara se identificou com a prática de artes marciais, passando a frequentar aulas de Muay Thai. A amiga de Muay Thai, Sil lembra com carinho da companheira de treinos.

“Gabi entrou no Muay Thai e logo conquistou todo mundo. Ela sempre simpática, interessada em aprender os golpes e via que eu também era apaixonada por Muay. Nossa amizade foi só crescendo e ela tinha uma força incomum. Ela só era pequena no tamanho (risos), mas tinha garra de uma grande guerreira. Falar em Gabi é impossível não lembrar daquele sorriso largo, amor, alegria, humildade e generosidade !!!”, afirmou.

Por conta da paixão por atividades físicas, Gabriela tinha o projeto de em um futuro breve fazer o curso de Educação Física. Por tamanha identificação e com planos de buscar novos conhecimentos, a professora tinha essa ideia a ser colocada em prática.

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A professora era casada com o analista de sistemas, Adriano Barros, natural da cidade de Bocaina, que também é funcionário do IMH. Após sete anos de namoro, os jovens se casaram em abril de 2018 e estavam apenas com sete meses de matrimônio.


“Gabi foi uma pessoa especial em minha vida. Contribuiu imensamente para o meu desenvolvimento como ser humano. Ela era uma pessoa simples, alegre, dedicada em tudo que fazia. Dava muita importância aos valores fundamentais da vida. Acho que foi isso que mais me chamou atenção ao longo desses anos. Minha família a amava. Meus pais tinham ela como uma filha. Hoje restam saudades, as ótimas lembranças ao seu lado e o legado que ela deixou em minha vida. Sua partida foi difícil para mim e ainda hoje é. Fazia poucos meses que tínhamos iniciado nossa vida de casados, a casa própria que tanto sonhávamos. Enfim, mesmo que por pouco tempo, fui privilegiado de ter uma pessoa especial com ela em minha vida”, disse emocionado o esposo de Gabriela.

Em vida Gabriela Cavalcante espalhou carinho e amor entre seus amigos e familiares na terra. Hoje resta saudades e as boas lembranças da professora picoense.

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