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Primos são condenados a 14 anos de prisão por morte de empresário em Marcolândia
O Tribunal Popular do Júri da Comarca de Marcolândia julgou nesta terça-feira (5) os réus Francisco de Sousa Silva, vulgo Paquito, e Maria de Lourdes Ferreira, a Lourdinha, acusados de terem, de forma cooperada, assassinado o empresário Reginaldo Gomes Ferreira.
O crime, que teve grande repercussão na cidade de Marcolândia e no Estado, ocorreu na madrugada do dia 30 de março de 2016, por volta das 2h, na Pousada Portuguesa, de propriedade da vítima. Conforme denúncia do Ministério Público, a vítima dormia na pousada quando o acusado Francisco bateu na porta do quatro 103. Ao abrir, Reginaldo foi atingido por três golpes de faca. A vítima ainda chegou a ser socorrida, mas não resistiu às lesões e faleceu. Antes de morrer, Reginaldo delatou o autor do crime.
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Com base nas informações prestadas pela vítima antes de morrer, os dois foram presos pela Polícia Militar horas depois do ocorrido. Lourdinha foi apontada como a mandante, e Francisco o autor. Depois de um ano e seis meses presos, os réus foram submetidos a julgamento em uma sessão que durou cerca de 15 horas, presidida pelo juiz Clayton Rodrigues de Moura Silva.
Já era noite quando acusação e defesa iniciaram os debates. A acusação, feita pelos promotores de Justiça, Tallita Luzia Bezerra de Araújo e Jorge Luiz da Costa Pessoa, e pelo advogado Francisco Casimiro de Sousa Melo, sustentou a tese de homicídio qualificado e pediu a condenação dos réus. A defesa do denunciado Francisco de Sousa Silva, feita pela defensora pública Karolyne Duarte Chaves Ellery, sustentou a tese de legítima defesa e de forma subsidiária, pelo reconhecimento do homicídio privilegiado e inexistência das qualificadoras. Já a defesa da ré Maria de Lourdes Ferreira, feita pelos advogados Luiz Fernando Muniz Coelho e Leonardo de Lima Melo, alegou inexistência de autoria e, de forma subsidiária, pela inexistência de qualificadores.
O Conselho de Sentença, por maioria de votos, acatou a tese da acusação. Somente no início da madrugada o juiz presidente da sessão do Tribunal Popular do Júri, Dr. Clayton Rodrigues, leu a sentença dos réus.
Os primos Maria de Lourdes Ferreira e Francisco de Sousa Silva foram condenados a 12 anos de reclusão pela prática do crime de homicídio qualificado. A condenação foi aumentada em mais 2 anos em virtude do motivo fútil e emprego de recurso que impediu a defesa da vítima, totalizando em 14 anos.
A condenação foi comemorada pelos familiares da vítima que assistiram a todo o julgamento vestidos em camisas pretas com frases que diziam “Calaram seu sorriso”, e “#Tô feliz, JUSTIÇA”. O julgamento aconteceu na Câmara Municipal e foi acompanhado por um grande número de pessoas.
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