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POLÍTICA

Governo ameaça cortar ponto e greve vai parar na Justiça

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A greve dos policiais civis do Piauí, que entra hoje no nono dia, está sendo debatida na Justiça. O Governo do Estado pediu a ilegalidade da greve e o Sindicato dos Policiais Civis (Sinpolpi) ingressou com um mandado de segurança contra o Governo. O secretário de Administração, Franzé Silva, disse que o próximo passo do Governo será cortar o ponto dos policiais faltosos, assim que for decretada a ilegalidade do movimento.
Uma comissão de policiais civis se reuniu com os desembar-gadores do Tribunal de Justiça do Piauí pedindo a intermediação de uma negociação com o Governo. Os grevistas alegam que o Governo está descumprindo uma lei que foi votada na As-sembleia Legislativa e acordada com intermédio do Judiciário. O presidente do Sindicato, Constantino Júnior, esteve ontem em reunião com os desem-bargadores para tratar sobre a greve e a negociação com o Governo do Estado.
O movimento foi iniciado no dia 2 de junho. “A polícia civil tentou por várias vezes negociar com o Governo, mas eles se mostraram intransigentes. Daí a greve foi deflagrada. O Governo não dialogou conosco, simplesmente recorreu à Justiça pedindo a ilegalidade da greve”, reclamou Constantino Júnior. Os policiais querem o cumprimento do pagamento da parcela do reajuste conforme fixado em lei. Eles denunciam a ausência de promoções há dois anos, dentre outras reivindicações. O mandado de segurança pede a obrigatoriedade do Governo em pagar o salário integral dos policiais civis referente ao mês de maio.
Ontem, o desembargador Haroldo Rehem, mandou citar o Estado do Piauí no Mandado de Segurança Coletivo impetrado pelo Sinpolpi, para ingressar com a contestação no prazo de 15 dias. O desembargador mandou também notificar o governador Wellington Dias, o secretário de Segurança, Fábio Abreu, e o secretário de Governo, Merlong Solano, para prestarem informações que acharem necessárias, no prazo de 10 dias.
O secretário de Administração, Franzé Silva, disse que fizeram uma mesa de diálogo com os delegados e os militares e chegaram a um termo. “Estamos abertos a negociar com os policiais civis. Mas o caso dos agentes de Polícia é diferente. Eles já estão paralisados e nós só iremos tentar acordo quando a greve for encerrada”, frisou, dizendo que o próximo passo será cortar o ponto dos policiais civis em greve.
Franzé Silva disse que o movimento prejudica a população. “A população é a que mais sofre. Precisamos continuar com o trabalho de redução dos índices de violência e avançar na qualidade da segurança pública. A partir do momento que for declarada a ilegalidade, estaremos fazendo os cortes salariais”, ressaltou o secretário. “Atendemos a quase 100% do que eles estavam pedindo. O governo não pode oferecer aquilo que não possa honrar ou que possa levar o Estado à inadim-plência”, finalizou Franzé Silva.

 

Diário do Povo

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