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Aplicativo para rastrear os filhos gera polêmica em família; veja mais

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Um dispositivo que permite pais rastrear os filhos está rendendo a maior discussão. Até onde vai o cuidado com os filhos? E onde começa excesso de vigilância? Você gostaria de saber onde seus filhos estão, 24 horas por dia?

Jogar bola em casa com o primo. Difícil saber se essa brincadeira coloca mais sorriso no rosto do Felipe ou no da mãe dele. Sabe como é que é, né? Está se divertindo ali pertinho, praticamente debaixo da asa da coruja que atende pelo nome de Priscila.

“Ah, na verdade ele é filho único, né, eu sou viúva, então, acho que acabo querendo proteger mais ainda, abraçar mais ainda e estar sempre ali, o máximo que eu posso estar com ele”, conta a veterinária Priscilla Horie.

O Felipe é um moleque típico: segunda fica até mais tarde na escola, terça tem aula de inglês e joga futebol. Quarta é catequese, na quinta bola e inglês de novo e na sexta ele quer esquecer tudo e ir para casa dos amigos, pegar um cineminha e daí para mais. A asa da mãe não é tão grande para cobrir tudo isso. Aí, com um aparelhinho, a coruja descobriu que consegue vigiar o filhote seja lá para onde ele voar.

“A minha criação sempre foi muito da minha mãe sempre dar liberdade, ter ensinado, dado a base, os princípios, e a gente sair para o mundo, mas sempre uma liberdade, que a gente, sempre ela falou, uma liberdade vigiada”, completa Priscilla.

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Ou seja, a única possibilidade do Felipão sair de casa sem isso daqui é se ele estiver com a mãe. Porque, saiu sozinho, tem que levar o tal aparelhinho, seja na mochila do futebol e da escola, seja na mochila do inglês, seja dentro do bolso. E olha que eles moram em um condomínio fechado, com segurança 24 horas, mas até para andar de bicicleta, dentro do condomínio, o tal aparelhinho, vai colado na bike.

Pelo celular, ela consegue monitorar aonde ele vai e até a velocidade que ele está pedalando! Se aparecer algum imprevisto, o aplicativo avisa na hora. E já tem coisa de 700 protetoras como ela no país usando esse mesmo sistema. Será que o apaixonado por futebol lida bem com essa marcação cerrada?

“Eu acho que é mais seguro de eu não sair onde ela manda. E é para minha segurança isso”, acredita o filho de Priscilla, Felipe Horie, de 10 anos.

Então, mas experimenta fazer o teste: depois de ouvir a criança, tenta conversar com uma molecada só um pouco mais velha sobre isso.

“Eu não ia gostar, porque acho que os pais têm que ter confiança nos filhos e saber que eles vão direto para casa ou para onde combinou”, diz Manuela Batista Pires, de 13 anos.

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“Eu vou me sentir presa, porque ele vai estar me acompanhando em todo o lugar que eu for”, conta Nádia Monteiro Stockholm, de 13 anos. “Tipo um BBB”, completa Manuela.

Aí depois ouve a opinião de um psicólogo. O equilíbrio nesse caso é um troço difícil, sabe.

“Para mãe é difícil, né, ver o filho crescer. Mas ele precisa dessa autonomia para poder seguir os seus passos. Eu acho que acompanhar é importante. Controlar tem as suas limitações”, pondera a psicóloga e pedagoga Ana Claudia Crivellaro.

Quer dizer, mãe coruja boa é aquela que está sempre olhando para todos os lados. Mas que entende também que, de vez em quando, o filhote precisa bater asa sozinho.

O aplicativo pode ser adaptado para a necessidade do cliente. Se estiver monitorando um idoso, ele tem um alarme para o caso de um tombo, por exemplo. E também pode ser usado em animais de estimação, para que eles não se percam.

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Fonte: G1

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