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Sem reforma da Previdência, não há garantia de aposentadoria, diz Padilha
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O ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, divulgou um vídeo nessa sexta-feira (12) no Facebook do ministério no qual afirmou que, se não houver a reforma da Previdência Social, não haverá a “garantia” de que as pessoas receberão a aposentadoria.
Padilha coordena um grupo no governo que discute com representantes dos trabalhadores e dos empresários propostas para a reforma. O objetivo do Palácio do Planalto é enviar, ainda neste ano, um projeto ao Congresso Nacional com mudanças no atual sistema previdenciário.
“A reforma [da Previdência] é indispensável para que o Brasil volte a ter confiança, seja no mercado interno ou externo. […] Tem que mudar [o atual sistema] para preservar porque, se não mudar, não vai haver mais garantia do recebimento da aposentadoria”, diz Padilha no vídeo.
“Mas ninguém perderá nenhum direito adquirido. Não precisa correr para o posto do INSS. Todo mundo que tem seu direito, será preservado. Não perderá absolutamente nada”, acrescentou.
Segundo o ministro, a projeção para as contas da Previdência neste ano é de um rombo de R$ 146 bilhões, enquanto em 2017, diz, poderá chegar a R$ 200 bilhões.
Desde que assumiu como presidente em exercício, em maio deste ano, Michel Temer determinou a criação de um grupo de trabalho no governo para discutir a reforma da Previdência. Após um mês e meio de reuniões, e relatos sobre “dissensos” entre os integrantes, o Planalto criou um outro, menor, para encontrar uma solução.
Oficialmente, o governo nega que esteja esperando o período eleitoral para enviar uma proposta ao Congresso, mas, conforme mostrou o colunista do G1 e da GloboNews Gerson Camarotti, o Palácio do Planalto avalia enviar o projeto ao Congresso somente em novembro ou dezembro, por considerar o tema impopular.
Diferença de idade
Em entrevista ao jornal “Valor Econômico”, publicada nesta sexta, Temer foi questionado sobre se, no projeto de reforma da Previdência, estará previsto que as mulheres poderão se aposentar “mais cedo”. O presidente em exercício, então, disse que é “favorável” a essa proposta.
“Não que a mulher tenha menos vitalidade. Sabidamente as mulheres hoje vivem mais que os homens, mas tem essa coisa da dupla, tríplice jornada. Na minha cabeça, tem que haver uma pequena diferença. Se o homem se aposenta com 65, a mulher pode se aposentar com 62”, disse o presidente em exercício ao jornal.
Indagado, na sequência, sobre se acredita que o governo conseguirá o apoio das centrais sindicais, Temer afirmou que as entidades “vão acabar não apoiando, seja qual for a reforma”. “Vamos mandar ao Congresso [o projeto] e ver o que acontece”, completou.
Na tarde desta sexta, a Central Única dos Trabalhadores (CUT), a Força Sindical, a União Geral dos Trabalhadores (UGT), a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) e a Nova Central Sindical de Trabalhadores divulgaram uma nota na qual “reiteraram” a posição de “não aceitar qualquer proposta ou negociação que vise retirar direitos trabalhistas e previdenciários da classe trabalhadora, ou precarizar ainda mais as relações de trabalho.”
Fonte: G1
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