Deputados quase saem nos tapas na Alepi; Assista

DIRETO DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA – Muita confusão e gritaria durante a votação do projeto do governo que prevê reajuste em impostos no Piauí sobre produtos como compra de telefones, bebidas, cigarros e no ICMS. Um grupo de representantes da classe empresarial comparece e se manifesta contra a votação na sala da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa (Alepi), na manhã desta terça-feira (24/10).

Uniram-se aos deputados de oposição e tentam impedir a votação do texto. Durante apreciação, feita pelo presidente da CCJ, o deputado estadual Evaldo Gomes (PTC), um momento de tensão envolvendo o deputado estadual Robert Rios (PDT), que é de oposição. Ele se exaltou e passou a esbravejar contra o colega parlamentar. A alegação de Robert foi a de que o projeto não estava na pauta, no entanto uma proposta instantânea apresentada pelo deputado João de Deus (PT) aprovou que o texto siga para votação. “Não me queira ver nervoso, deputado”, afirmou.

Robert seguiu nervoso. E com incentivo dos empresários que iniciavam um protesto no espaço destinado a convidados, foi para cima do deputado Evaldo. “O senhor vai me agredir deputado Robert?”, perguntou Evaldo. “Vou”, respondeu Robert. Outros parlamentares e equipes que fazem a segurança tiveram que afastar o deputado do PDT. Mas ele continuava a esbravejar na frente da mesa da CCJ, revoltado. E era aplaudido pelos empresários que participavam da audiência na CCJ: “Isso é uma molecagem”, insistia Robert. “Se acalme deputado. O senhor precisa se acalmar”, pedia Evaldo. Assista como foi:

Empresários, após verem que os deputados da situação venceriam, gritaram: “vendidos, vendidos”. Foi uma insinuação para os deputados aliados ao governo. Enquanto isso Robert Rios continuava a esbravejar e chamava a comissão de “cabaré” e voltou a disparar, da sua cadeira.

“Nenhum imposto a mais. Nenhum imposto a mais”, continuava protestar a classe empresarial. Eles destacam que o aumento dos impostos no Piauí vai diminuir a competitividade e que o aumento dos preços vai refletir diretamente à população, num prazo equivalente até janeiro. Dentre os deputados contrários ao projeto, destacam-se, além de Robert Rios, Gustavo Neiva, Juliana Moraes Sousa, Marden Menezes e Firmino Paulo. Alguns nomes da base governista: João de Deus, João Madison e Evaldo Gomes. Outros deputados que não integram a comissão também assistem à votação, como é o caso do Dr. Pessoa.

A votação está em análise e segue para votação. Tertulino Passos, presidente do Sindicato dos Lojistas do Piauí (Sindlojas), é um dos empresários que acompanha e disse que os empresários veem com preocupação o aumento dos impostos. “Há formas alternativas para se aumentar a receita. O governo, por exemplo, deveria cortar despesas e não é isso que vemos atualmente, já que mais de 450 cargos foram criados por Wellington Dias”, criticou. André Baía, presidente do Sindicato da Indústria e da Construção Civil, vai além e aponta que os três poderes deveriam se responsabilizar em cortas gastos com a administração em vez de aumentar impostos ao consumo para a população.

Fonte: Oito Meia