POLÍTICA
PT inicia 2018 dividido
A disputa pela indicação do candidato a vice na chapa que será encabeçada pelo governador Wellington Dias divide a base aliada e também o PT. As alas que existem dentro do partido do governo estão em lados opostos quando o assunto é o nome que pode substituir a vice-governadora Margarete Coelho (PP).
O partido se divide entre o PMDB e o PP. O grupo ligado ao presidente do PT, deputado Assis Carvalho, é mais simpático aos progressistas. O PP tem como presidente nacional o senador Ciro Nogueira e quer se manter na vaga.
Assis já deu declarações públicas de apoio às pretensões do PP. Na lógica do presidente petista, o que deve valer é a eleição de 2014. Para ele, os progressistas estiveram com Wellington desde aquele pleito e por isso mereceriam um espaço maior. Já legendas como o PMDB, que foram adversárias do PT naquele ano, devem ter espaços menores na chapa majoritária.
O entendimento de Assis encontra resistência entre os petistas que defendem que a vaga de vice deve ser do presidente da Assembleia Legislativa do Estado, deputado Themístocles Filho (PMDB). Exemplo disso é o vereador Dudu que tem feito campanha dentro do partido pelo peemedebista. Ele afirma que Themístocles tem contribuído com o governador na Assembleia.
O vereador tem organizado encontro de lideranças petistas com Themístocles na defesa dessa ideia. Para esse grupo, os progressistas já serão representados na chapa aliada com a vaga de Ciro Nogueira que concorrerá à reeleição. Além disso, Ciro passou a ser visto como traidor pela legenda depois que apoiou o processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).
Apesar das movimentações das alas petistas, a palavra final deve ser dada pelo governador Wellington Dias (PT). Ele deve se reunir com o PMDB antes do final do ano para tentar acalmar os ânimos da legenda, que começa a fazer pressão na Assembleia. A sabatina do novo presidente da Agespisa deve ocorrer apenas em 2018, contra o interesse do governador.
Enquanto o PMDB pressiona, o PP de Ciro vai mostrando força com a filiação de prefeitos no interior. Somente no próximo ano vai ser possível saber quem ganhará esse cabo de guerra: a pressão peemedebista ou a demonstração de força progressista.
Fonte e fotos: Política Dinâmica
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