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Moradores de seis municípios no Sul do Piauí denunciam que estão mais de cinco dias sem água
Moradores de São Raimundo Nonato e mais cinco municípios no Sul do Piauí denunciam que estão seis dias sem abastecimento. Para conseguir água, eles chegam a pagar até R$ 200 aos pipeiros para encher a cisterna em casa.
“A empresa não avisou que iria faltar água e agora estamos dependendo dos pipeiros para banhar, lavar e fazer a comida. Já para beber compramos água mineral, especialmente quem tem criança em casa”, contou o morador Márcio Araújo.
A Agespisa informou ter mobilizado todos os técnicos e equipamentos dos setores de obras e operação para atuar em caráter emergencial para corrigir vazamento na Adutora do Garrincho. A previsão é de que até segunda-feira (09) o problema esteja sanado.
Segundo Márcio Araújo, todos os bairros da cidade foram afetados com desabastecimento. Ele revelou ser comum a falta de água no município, mas não por tantos dias como agora.
“Antes passava uma semana, voltava e ficava dois dias, mas ao menos dava tempo da gente reservar água. Aqui todo mundo tem cisterna em casa para estocar água. A Agespisa agora alega que está trocando a encanação, sendo que o mesmo serviço foi feito outras duas vezes”, comentou o morador.
Cidade de São Raimundo Nonato, no Sul do Piauí — Foto: Pedro Santiago/G1
Em nota, a Agespisa informou que vai substituir cerca de 300 metros de tubo na Adutora de Garrincho. De acordo com a empresa, o trecho que vem apresentando vazamentos constantes corresponde a 17 km e fica entre a Estação de Tratamento de Água e a zona urbana da cidade.
“Trata-se de uma obra construída por outro ente público e repassada para a Agespisa. O material utilizado é de qualidade inconsistente e vive apresentando defeitos. A Adutora do Garrincho tem uma extensão de 39 km. O bombeamento é feito do Açude Petrônio Portella, onde a água é captada, até a Estação de Tratamento de Água. Até aí, são 22 km. De lá para São Raimundo Nonato são mais 17 km”, informou.
O primeiro trecho, que foi todo refeito pela Agespisa há cerca de seis anos, a um custo aproximado de R$ 11 milhões, não apresenta problemas. Já o segundo trecho necessita de uma solução definitiva. “Corrigimos um vazamento aqui e aparece outro ali na frente. Isso ocorre com muita frequência, portanto a solução é uma adutora nova de 17 km. No entanto, esse tipo de obra requer recursos de, aproximadamente, R$ 15 milhões e a Agespisa, no momento, não dispõe desse recurso”, explicou o diretor de Operações da Agespisa, engenheiro José Maria Freitas.
O gestor alertou que a Agespisa vai continuar, paralelamente, corrigindo os novos vazamentos que certamente vão aparecer devido a qualidade do material. “É um serviço bem complicado, pois é uma rede de 400 mm em ferro, mas a nossa equipe está toda mobilizada. Mandamos pessoal e equipamentos para reforçar a equipe local. Vamos fazer o possível para diminuir o sofrimento dos consumidores daquela importante cidade”, concluiu o diretor da Agespisa.
Além de São Raimundo Nonato, o problema atinge os moradores dos municípios de Dirceu Arcoverde, São Lourenço, Bonfim do Piauí, Várzea Branca, São Brás do Piauí e do povoado Minador, no município de Anísio de Abreu.
Fonte: G1 PI
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