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Risco de reinfecção pelo coronavírus é muito baixo, afirma médica Marina Bucar
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A médica piauiense Marina Bucar, que atua no combate à Covid-19 na Espanha, utilizou as redes sociais para falar sobre a possibilidade de reinfecção pelo novo coronavírus, ou seja, as chances de um mesmo indivíduo desenvolver duas vezes a doença. Segundo a profissional, que ficou conhecida nacionalmente pela defesa do protocolo de tratamento a base de Hidroxicloroquina, estudos apontam que as chances de reinfecção são muito raras.
No vídeo, Marina Bucar explica que após a infecção pelo Sars Cov 2, vírus responsável pela Covid-19, o paciente pode desenvolver dois tipos de imunidade: a humoral, mediada por anticorpos; e a celular, mediada por células especiais.
“O que ainda se desconhece é se todos os indivíduos vão desenvolver os dois tipos de imunidade e se essa imunidade vai ser duradoura ou não. Entretanto, isso é muito importante, o risco de reinfecção, principalmente nos seguinte meses, se considera muito baixo”, explica a médica.
“Aqueles casos que vão saindo no jornal de pacientes que tiveram duas PCRs negativas e depois voltam a ter PCRs positivas, não necessariamente significa reinfecção. Isso é muito importante falar, porque pode gerar muito pânico. Não existe nenhuma evidência nos estudos atuais de que isso significa reinfecção. O que se viu é que esses indivíduos não tiveram agravamento dos sintomas, estavam praticamente assintomáticos, e os contactantes desses pacientes não desenvolveram a doença. Ou seja, não tiveram capacidade de causar a doença e nem de infectar. Os investigadores analisaram e não conseguiram isolar esse vírus, então não pode ser considerada uma reinfecção”, explica.
Ainda de acordo com Marina Bucar, casos comprovados de reinfecçao pelo novo coronavírus ainda são considerados raros e, por isso, são objetos de estudo por pesquisadores de várias partes do mundo.
“Existem pouquíssimos casos comprovados de reinfecção. Um deles, o mais falado, foi um na Coréia, que foi um individuo que teve infecção por duas cepas diferentes de vírus, o que sugere que foram duas infecções diferentes. Na segunda infecção, ele estava assintomático, o que sugere também que uma imunidade adquirida na primeira infecção pode atenuar os sintomas ou a gravidade de uma segunda infecção”, detalha a médica no vídeo.
Natanael Souza
Cidadeverde.com
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