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Condições precárias de rodovias no Piauí dificultam escoamento da produção de grãos

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Produtores de grãos do Sul do Piauí fizeram diagnóstico das rodovias que necessitam de melhorias para o escoamento da produção no estado, que deverá bater recorde na safra deste ano, e apontam 500 quilômetros de estradas que necessitam de melhorias.  Eles querem que governo inclua trechos das estradas nas operações de crédito em andamento voltadas para a área de infraestrutura.

Com o início do período chuvoso, muitas rodovias ficaram ainda mais comprometidas. Um exemplo foi em um trecho da PI-392, na região da Serra da Laranjeira, próxima aos municípios de Currais e Bom Jesus, onde a rodovia foi completamente destruída pela ação da água.

O diagnóstico foi feito pela Associação de Produtores de Soja do Piauí (Aprosoja) e mostra que existem hoje no Cerrado do Piauí, somente na cadeia produtiva de soja, milho e algodão, 500 quilômetros de estradas  necessitam de melhorias, deste total, 300 quilômetros são cruciais para os produtores que alegam aguardar investimentos há muitos anos.

O Governo do Estado deve aprovar esta semana 4 mensagens com pedido de autorização de empréstimos.  A aplicação de parte destes recursos na infraestrutura de estradas na região dos Cerrados será alvo de defesa da associação dos produtores. A safra deste ano deve passar dos 780 mil hectares, somente de soja com mais de 2 milhões de toneladas.

“Em uma das mensagens de empréstimo o Governo pretende contrair R$ 83 milhões que devem ser destinados a infraestrutura, os produtores estão de olho nesta possibilidade. Outra das mensagens, a de empréstimo junto do Banco do Brasil que prevê operação de crédito no valor de R$1 bilhão, para investimentos nas áreas da saúde, segurança e infraestrutura básica”, informa a Aprosoja.

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Estradas em situação de emergência

Os produtores apontam ainda que sejam feitos investimentos menores e emergenciais a curto prazo para reduzir custos sobre a produção. “Isso não resolve por completo, mas pode melhorar as condições do produtor do Piauí que hoje tem o seu custo de produção onerado em quase 30% em relação a outros estados por causa das dificuldades de infraestrutura”, diz o presidente da Aprosoja.

Foto: Aprosoja

De acordo com o presidente da entidade, um diálogo foi iniciado com alguns dos deputados da Frente Parlamentar da Agropecuária na Assembleia do Piauí para que a região possa ser contemplada com algum investimento dentro dos empréstimos. Entre os deputados com os quais a Aprosoja já manteve contato para apresentar o pleito estão Gustavo Neiva (PSB) e Henrique Pires (MDB).

Alguns trechos considerados emergenciais

  • PI-397 – Conclusão da pavimentação do 1º trecho da Rodovia Transcerrado, bem como seu acesso via Colônia do Gurguéia-PI;
  • PI-392 – Baixa Grande do Ribeiro-PI, Serra do Uruçuí, Serra das Laranjeiras, a Currais-PI, Bom Jesus;
  • PI-397 – Nova Santa Rosa, Serra das Laranjeiras, Serra do Quilombo, a PI-254/BR-235 (demais trechos da Transcerrado);
  • PI-391 – Povoado Cruzeta (PI-247/BR-324), Pratinha, Nova Santa Rosa, a PI-397 (Transcerrado);
  • PI-395 – Palmeira do Piauí-PI a PI-397 (Transcerrado);
  • BR-330 – Bom Jesus-PI a Tasso Fragoso-PI (trecho coincidente com a PI-392);
  • BR-235 – Caracol-PI, Guaribas-PI, a Bom Jesus-PI.

Priorizar investimentos no Sul

O levantamento será novamente reforçado junto aos deputados estaduais e ao governo do Estado na tentativa de que algum valor seja investido na região, que deverá ser a responsável por 1/3 do PIB do Piauí tendo em vista a safra recorde deste ano e a crise gerado em outros setores por causa do combate a Pandemia da Covid-19.

“Nós temos grandes gargalos, defendemos que o poder público deveria priorizar a região e investir maciçamente, mas sabemos que esta não é a prioridade, por isso temos outros trechos que podem ser melhorados e que não necessariamente precisam de grandes investimentos como é o caso da  Transcerrado e da  PI-392”, explica o presidente da Associação.

Um exemplo é o caso da estrada vicinal que liga a sede dos municípios Santa Filomena a Bunge e a Serra da Fortaleza, chegando até a BR-330 (Rio Parnaíba/Tasso Fragos no Maranhão. O trecho é importante para a produção agropecuária do cerrado, por onde passa a produção de cerca 100 mil hectares.

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Valmir Macêdo (Com informações da Aprosoja)
cidadeverde.com

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