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Covid: janeiro de 2022 tem 75% menos mortes do que 1º mês de 2021

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Se já não faltavam argumentos que comprovassem os benefícios da vacinação, aí vai mais um: o número de óbitos por Covid-19 em janeiro de 2022, com grande parte da população vacinada, é 75% menor que o número de mortes relacionadas à doença no primeiro mês de 2021, quando a campanha de imunização ainda engatinhava no país. As informações são do Metrópoles.

Até essa terça-feira (08/09), 73% da população residente no Distrito Federal estava com a imunização completa contra o coronavírus. Desses, 25% tinha tomado a dose de reforço ou adicional. No começo de janeiro de 2021, ainda não havia vacina. O imunizante chegou ao DF apenas em 19 de janeiro daquele ano, inicialmente para profissionais de saúde que atuavam na linha de frente da pandemia.

Em janeiro do ano passado, o DF perdeu 324 vidas para o novo coronavírus, no primeiro mês deste ano, foram 78. A discrepância fica ainda maior quando se compara com o número de casos. Em janeiro de 2021, foram 21 mil casos confirmados da doença, contra 103 mil em 2022.

Apesar das boas notícias, 500 mil moradores do DF ainda não procuraram os postos de imunização e outros 113 mil não retornaram para completar o ciclo e receber a D2. “São dados que nos preocupam”, afirmou a subsecretária de Atenção Integral à Saúde, Paula Lawall, em coletiva de imprensa na semana passada.

Veja o número de mortes e casos em janeiro de 2021:

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Casos – 21 mil

Mortes – 324

Compare com a quantidade de óbitos e infecções de janeiro de 2022:

Casos – 134 mil

Mortes – 78

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Queda na expectativa de vida

Apesar da diminuição nas mortes, a pandemia já deixou marcas na vida do morador de Brasília. Um estudo vinculado ao Instituto de Ciência Política da Universidade de Brasília (UnB), o ObservaDF, aponta para a redução entre 1 e 3 anos na expectativa de vida do brasiliense em decorrência da doença.

Mulheres com maior poder aquisitivo passaram a ter expectativa de 83 anos, em 2021. Já as de baixa renda, aproximadamente, 76 anos. Para os homens moradores de regiões periféricas, o indicativo é de 69 anos — oito anos a menos dos que moram em áreas nobres.

Ana Maria Nogales, professora do Departamento de Estatística da UnB, destaca essa discrepância acontece porque a capital tem uma das taxas de desigualdade social mais elevadas do país.

“Esse é um dado relevante porque a população mais envelhecida está no centro da cidade, nas regiões mais favorecidas e com menor impacto da Covid, do que nas comunidades de baixa renda, onde o vírus rapidamente se espalhou e atingiu fortemente a população. Essas localidades são muito mais jovens”, afirma.

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“Isso mostra que o impacto da Covid é diferenciado e pode ser mais forte conforme aumenta a desigualdade”, completa a pesquisadora do Centro de Estudos Avançados e Multidisciplinares da UnB.

Fonte: 180 graus

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